Betina Hillesheim, Caroline da Rosa Couto
This article discusses how territory and linking notions articulate with the health field in Brazil, in view of the relations that are established between health staff and certain social groups who see in the movement a logic of life, survival and resistance: the nomads. The concept of territory is an important organizer of Brazilian's public policies, and is closely related to inclusion. The data were collected through participant observation of the daily work of two teams of Family Health Strategy, in a medium-sized city located in the state of Rio Grande do Sul. For these services, nomadism is seen as a nuisance. On the other hand, include not only acquires a sense of attachment and population control, but the demarcation of belonging territories, from the investment of the relation of users with health services.
O presente artigo discute como se articulam as noções de território e vinculação ao campo da saúde no Brasil, tendo em vista as relações que se estabelecem entre as equipes de saúde e determinados grupos sociais que têm no movimento uma lógica de vida, sobrevivência e resistência: os nômades. O conceito de território é um importante organizador das políticas públicas brasileiras, estando estreitamente relacionado à inclusão. Os dados foram obtidos mediante observações participantes do cotidiano de trabalho de duas equipes de Estratégias de Saúde da Família, em um município de médio porte, localizado no interior do Estado do Rio Grande do Sul. Para esses serviços, o nomadismo é visto como um incômodo. Por outro lado, incluir adquire não apenas um sentido de fixação e controle da população, mas da delimitação de territórios de pertencimento, a partir do investimento da relação dos usuários com os serviços de saúde.