Leonor Suárez Llanos
Este trabajo indaga en la relación entre el Derecho – reglas, poder, fuerza y seguridad jurídica – y la literatura – abierta, dúctil, revulsiva del “tener que” y soñadora de lo que “podría deber ser”. Para ésta, instrumento posmoderno del reconocimiento del otro y sus diferencias, el Derecho ha forzado las historias de las personas reales y sus anhelos de justicia en conceptos imparciales silenciándolos, especialmente los de los más vulnerables. Aquí empezaré analizando qué es, dónde, cómo y por qué apareció el Law and Literature Movement, y recordaré sus tres dimensiones del Derecho de/como/en la literatura para centrarme en estas dos últimas estrategias de análisis. A partir de ahí profundizaré en la interpretación, la posición y función del intérprete, la retórica, la narrativa y el New Criticism como formas de análisis literario del Derecho. Y llegaré a unas conclusiones que se asientan sobre siete objeciones al planteamiento literario (a su justicia, su antiformalismo, sus presuntas virtudes judiciales, a la irracionalidad de la empatía, a su teoría crítica literaria y a la propuesta de la novela en cadena prospección de la dinámica del Derecho, a su contextualización y a los riesgos de la emoción y la empatía para los derechos y la seguridad jurídica) y las respuestas posibles a esas objeciones. Unas conclusiones que nos abren a un proyecto ilusionante pero que, eso sí, impone ser especialmente exigentes en el manejo integrado de una literatura transgresora de los límites de una realidad compleja, dinámica y manejable del Derecho.
: Este trabalho questiona a relação entre o Direito – regras, poder, força e segurança jurídica – e literatura – aberta, dúctil, revulsiva do "ter que" e sonhadora com o que "deve ser". Para esta, instrumento pós-moderno do reconhecimento do outro e de suas diferenças, o Direito forçou as histórias de pessoas reais e seus anseios pela justiça em conceitos imparciais, silenciando especialmente as das mais vulneráveis. Começarei analisando o que é, quando, como e por que surgiu o Law and Literature Movement e recordarei suas três dimensões, o Direito da/como/na literatura, para concentrar-me nestas duas últimas estratégias de análise. A partir disso, irei me concentrar na interpretação, posição e função do intérprete, na retórica, na narrativa e no New Criticism como formas de análise literária do Direito. Chegarei, assim, a conclusões que se assentam em sete objeções à abordagem literária (a sua justiça, o seu antiformalismo, as suas supostas virtudes judiciais, a irracionalidade da empatia, a sua teoria crítica literária e a proposta do romance em cadeia na prospecção da dinâmica do Direito, a sua contextualização e os riscos da emoção e da empatia para os direitos e a segurança jurídica) e as respostas possíveis a tais objeções. Conclusões que nos abrem para um projeto emocionante, mas que, devido a isso, exige ser especialmente exigente no manuseio integrado de uma literatura transgressora dos limites da realidade complexa, dinâmica e flexível do Direito.