In this article I analyse the phenomenon of economic coloniality, observing its impact on the social fabric and how it affects women’s lives in particular – namely those in subordinate positions, either in the peripheries of the world’s major cities or where they constitute minorities, or symbolically, in the global South and North. My interest is to examine how economic and gender colonialities interact, accentuating the situations of inequality in which women find themselves. Finally, I inquire into the extent that feminist economies can open up a dialogue more closely with post-colonial theories – in particular, post-colonial studies of economy and with epistemologies of the South as a way to explore the contradictions of the modern discourse on development. I argue that feminist economies can benefit from the post-colonial perspective and the epistemologies of the South to analyse the inconsistencies of the universalisation of this discourse and the intersectional dynamics which bring together the issues of gender, race/ethnicity, and class within the scope of the economy.
Dans cet article, je me penche sur le phénomène de la colonialité économique, en observant ses impacts sur le tissu social et la façon dont en est particulièrement atteinte la vie des femmes – notamment les subalternes, qu’elles se trouvent à la périphérie des grandes villes du monde ou qu’elles constituent des minorités numériques ou symboliques dans le Sud ou le Nord globaux. Il m’importe d’analyser comment les colonialités économiques et de genre interagissent, en accentuant la situation d’inégalité dans laquelle se trouvent ces femmes. Enfin, je cherche aussi à savoir dans quelle mesure les économies féministes peuvent parvenir à dialoguer plus étroitement avec les théories postcoloniales – en particulier les études postcoloniales de l’Économie – et avec les épistémologies du Sud, en sorte à exposer les contradictions du discours moderne de développement. J’argue que les économies féministes peuvent tirer parti de la perspective postcoloniale et des épistémologies du Sud pour analyser les inconsistances de l’universalisation de ce discours et de la dynamique intersectionnelle qui connecte des questions de genre, de race/ethnie et classe dans le domaine de l’Économie.
Neste artigo analiso o fenómeno da colonialidade económica, observando os seus impactos no tecido social e o modo como atinge particularmente a vida das mulheres – nomeadamente as subalternas, estejam elas nas periferias das grandes cidades do mundo ou constituam minorias numéricas ou simbólicas no Sul ou Norte globais. Interessa-me verificar de que modo as colonialidades económica e de género interagem, acentuando a situação de desigualdade em que se encontram estas mulheres. Por fim, indago em que medida as economias feministas podem vir a dialogar mais estreitamente com as teorias pós-coloniais – em particular os estudos pós-coloniais da Economia – e com as epistemologias do Sul, de modo a expor as contradições do discurso moderno de desenvolvimento. Argumento que as economias feministas podem beneficiar da perspetiva pós-colonial e das epistemologias do Sul para analisar as inconsistências da universalização deste discurso e a dinâmica interseccional que conecta questões de género, raça/etnia e classe no âmbito da Economia.