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Nicolás Eduardo Marrero
Este artículo aborda las transformaciones del mundo del trabajo y el sindicalismo en Uruguay, para ello se estudia el caso de la Federación de Empleados de Comercio y Servicios (Fuecys). El texto centra su atención en la percepción del actor sindical sobre los cambios vinculados a las formas de organización del trabajo. Se analizan las propuestas programáticas y las acciones sindicales vinculadas al mundo del trabajo. Con esto, se constata que los cambios del mundo del trabajo y la intervención del Estado en la relación capital-trabajo configuran escenarios que limitan y posibilitan la acción del sujeto sindical. La acción de la Fuecys se desarrolla en medio de dos tensiones: por una parte, se lleva a cabo en un mundo del trabajo cuya característica sobresaliente para el sector de comercio y servicios es la emergencia estructural de la precariedad laboral y su origen se ubica en los cambios de la organización del trabajo, que operan como una fuente de debilitamiento de la organización sindical. Por otra parte, a partir de las transformaciones político-institucionales que resultan del cambio de gobierno en Uruguay desde el 2005, se configura un nuevo marco de relaciones laborales que reinstala los Consejos de Salarios como un mecanismo fundamental para la regulación del conflicto entre capital y trabajo y deja al Estado la tarea de mediador en esta relación. El aprovechamiento continuo de las libertades sindicales y de los mecanismos de negociación colectiva por parte de la Fuecys ha significado un aumento del número de sus integrantes así como mayor capacidad de movilización y organización colectivas. La estrategia metodológica se basa en el estudio de caso y las técnicas de recolección y análisis de información corresponden a entrevistas en profundidad, revelamiento de documentos y de material de propaganda de los sindicatos, observación directa y análisis de datos secundarios. El estudio se enfoca en cuatro sectores que agrupan a más de la mitad de los afiliados de Fuecys: supermercados, seguridad privada, empresas de limpieza y call centers.
The article addresses the transformations of the work world and trade unionism in Uruguay, by studying the case of the Federación de Empleados de Comercio y Servicios–Fuecys (Federation of Trade and Service Sector Employees). The text focuses on the perception that union actors have of the changes in the forms of work organization, and analyzes the program proposals and union actions with respect to the work world. This makes it possible to conclude that the changes in the work world and the intervention of the State in the capital-labor relation shape scenarios that both limit and enable the action of unionized subjects. The actions of Fuecys take place in a context of conflicting tensions: on the one hand, a trade and services sector work world characterized by the structural emergence of job insecurity resulting from changes in the organization of work, which tends to weaken union organization. On the other hand, the political and institutional transformations brought about by the change of government in Uruguay in 2005 led to the establishment of a new framework for labor relations, which reinstates Salary Councils as a fundamental mechanism to regulate conflicts between capital and labor, with the State as mediator. The constant use of trade union freedoms and of collective bargaining mechanisms by Fuecys has increased its membership, as well as its capacity for collective mobilization organization. The methodology used was that of a case study and the techniques for gathering and analyzing information were in-depth interviews, study of trade union documents and propaganda, direct observation, and analysis of secondary data. The study focuses on four sectors that bring together over half of Fuecys’ members: supermarkets, private security, cleaning companies, and call centers.
Este artigo aborda as transformações do mundo do trabalho e do sindicalismo no Uruguai; para isso, estuda-se o caso da Federação de Empregados de Comércio e Serviços (Fuecys). Este texto se foca na percepção do ator sindical sobre as mudanças vinculadas às formas de organização do trabalho. Analisam-se as propostas programáticas e as ações sindicais ligadas ao mundo do trabalho. Com isso, constata-se que as mudanças neste e a intervenção do Estado na relação capital-trabalho configuram cenários que limitam a ação do sujeito sindical e a possibilitam. A ação da Fuecys se desenvolve em meio de duas tensões opostas: por um lado, realiza-se no mundo do trabalho cuja característica que se destaca para o setor de comércio e serviços é a urgência estrutural da precariedade do trabalho e sua origem está nas mudanças da organização deste, que operam como uma fonte de enfraquecimento da organização sindical. Por outro lado, a partir das transformações político-institucionais que culminam na mudança de governo no Uruguai desde 2005, configura-se um novo referencial de relações trabalhistas que reinstala os “Consejos de Salarios” como um mecanismo fundamental para a regulamentação do conflito entre capital e trabalho, e deixa ao Estado a tarefa de mediar essa relação. O aproveitamento contínuo das liberdades sindicais e dos mecanismos de negociação coletiva por parte da Fuecys tem significado um aumento do número de seus integrantes bem como maior capacidade de mobilização e organização coletivas. A estratégia metodológica se baseia no estudo de caso, e as técnicas de coleta e análise de informação se basearam em entrevistas em profundidade, observação direta e análise de dados secundários. O estudo se foca em quatro setores que agrupam mais da metade dos afiliados da Fuecys: supermercados, segurança privada, empresas de limpeza e call centers.
