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Este artículo cuestiona los paradigmas clásicos de la sociedad del trabajo que ponían el acento en el hombre-obrero-industrial. En contraposición, se sostiene la existencia de una reorganización del mundo del trabajo que emerge en diversos sentidos, tales como las actividades de carácter no industrial y de regulación laboral. A esto debe añadirse, la inserción del uso de las tecnologías de información y comunicación. Por ende, esta investigación se enfoca en dos aspectos fundamentales de dicha reorganización, que son: la proliferación de actividades en el sector informal y el uso de las tecnologías de información y comunicación en el trabajo. Para la comprensión de estos ejes de análisis se toma el caso del comercio electrónico que se lleva a cabo en la plataforma Facebook. Si bien dicha plataforma ha sido cooptada por las grandes empresas para publicitar productos, se pone sobre la mesa la configuración de un mercado de trabajo informal caracterizado por mujeres que utilizan dicho dispositivo tecnológico para comerciar, bajo el nombre de “bazares de ropa”, en Facebook. Se plantea la tesis de que el trabajo desarrollado en dichos bazares se encuentra permeado por estereotipos de género. Así, el objetivo de este texto consiste en comprender la configuración de las subjetividades, a partir de los estereotipos de género, en el ámbito laboral actual. Para lograr dicho objetivo, se planteó una metodología cualitativa que analiza aspectos laborales, usos de tiempo e interacción con la tecnología. El trabajo se desarrolló en torno a ejes como la producción de servicios, la desterritorialización del trabajo, así como la producción de símbolos. Cada eje relacionado con un estereotipo de género como la mujer en el sector informal, la articulación trabajo doméstico-extradoméstico/productivo-reproductivo y la feminización del mercado de productos respectivamente. Este artículo enfatiza la divulgación de los procesos de producción de servicios y la condición de informalidad en la cual están insertas las mujeres. Todo lo anterior se expone en tres apartados: el primero conceptualiza la actividad bajo las categorías trabajo no-clásico, comercio electrónico informal y estereotipos de género; el segundo presenta la coyuntura histórica de la informalidad y el tercero devela la metodología y los resultados.
The article questions the classical paradigms of work society, which emphasized the industrial-worker-men. In contrast, it affirms the existence of a reorganization of the work world, reflected in many ways, such as non-industrial and labor regulation activities, as well as the introduction of information and communication technologies. The research focused on two fundamental aspects of said reorganization; the proliferation of activities in the informal sector and the use of information and communication technologies at work. In order to understand these lines of analysis, we selected the case of e-commerce carried out on the Facebook platform. Although this platform has been co-opted by big companies to advertise products, it is also possible to observe the emergence of an informal work market made up of women who use that technological tool to carry out business on Facebook through ‘fashion fairs’. The article argues that the work carried out in such fairs is permeated by gender stereotypes. Therefore, its objective is to understand the configuration of subjectivities on the basis of gender stereotypes in the current work environment. In order to achieve this, it proposed a qualitative methodology to analyze labor aspects, use of time, and interaction with technology. The understanding of the work included the following central themes: production of services, de-territorialization of work, and production of symbols, and each one of these was related to a gender stereotype: women in the informal sector; the articulation between domestic-extra- omestic/productive-reproductive work; and the feminization of the products market, respectively. The article seeks to make evident the processes involved in the production of services and the conditions of informality in which women are involved. The article is structured as follows: the first section conceptualizes the activity according to the categories of nontraditional work, informal e-commerce, and gender stereotypes; the second presents the current historical situation of informality; and the third explains the methodology and the results.
Este artigo questiona os paradigmas clássicos da sociedade do trabalho que enfatizam o homem-operário-industrial. Em contraposição, sustenta-se a existência de uma reorganização do mundo do trabalho que emerge em diversos sentidos, como as atividades de caráter não industrial e de regulamentação trabalhista. A isso deve ser acrescentada a inserção do uso das tecnologias da informação e da comunicação. Em consequência, esta pesquisa se foca em dois aspectos fundamentais dessa reorganização, que são: a proliferação de atividades no setor informal e o uso das tecnologias de informação e comunicação no trabalho. Para a compreensão desses eixos de análise, toma-se o caso do comércio eletrônico que é realizado na plataforma Facebook. Embora essa plataforma tenha sido cooptada pelas grandes empresas para fazer publicidade de seus produtos, há a presença de um mercado de trabalho informal caracterizado por mulheres que utilizam esse dispositivo tecnológico para comercializar, sob o nome de “bazares de roupa”, pelo Facebook. Propõe-se a tese de que o trabalho desenvolvido nesses bazares se encontra permeado por estereótipos de gênero. Assim, o objetivo deste texto consiste em compreender a configuração das subjetividades a partir dos estereótipos de gênero, no ámbito organizacional atual. Para atingir esse objetivo, utilizou-se uma metodologia qualitativa que analisa aspectos trabalhistas, usos de tempo e interação com a tecnologia. O trabalho foi entendido sob eixos como a produção de serviços, a desterritorialização do trabalho bem como a produção de símbolos. Cada eixo relacionado com um estereótipo de gênero como a mulher no setor informal, a articulação trabalho doméstico-extradoméstico/produtivo-reprodutivo e a feminização do mercado de produtos respectivamente. Este artigo enfatiza a divulgação dos processos de produção de serviços e a condição de informalidade na qual estão inseridas as mulheres. Todo o anterior se expõe em três seções: a primeira conceitua a atividade sob as categorias de trabalho não clássico, comércio eletrônico informal e estereótipos de gênero; a segunda apresenta a conjuntura histórica da informalidade e a terceira revela a metodologia e os resultados.
