En este artículo analizamos los discursos sobre la universidad alrededor de dos recientes programas gubernamentales colombianos: los créditos educativos Ser Pilo Paga y los rankings universitarios Mide. Si bien estos programas pueden caracterizarse como reformas basadas en el mercado o neoliberales, no han recibido un análisis sociológico que discuta su relación con cambios en la idea misma de universidad. Analizamos la retórica que rodeó su diseño y puesta en práctica mediante un análisis de contenido de artículos de prensa, documentos gubernamentales y de organismos internacionales. Apoyados en la mirada neo-institucionalista de la teoría de la sociedad mundial, encontramos que los créditos han sido impulsados fundamentalmente por parte del Banco Mundial, mientras que los rankings se copian directamente de la cultura global. Existe también una retórica alrededor de los términos de mejores, calidad, excelencia y tecnología que corresponden con el modelo global de la universidad corporativa. Esta idea contrasta, empero, con los términos de equidad, acceso, igualdad e inclusión que se encuentran en un discurso sobre involucramiento social correspondiente, en parte, con la idea local de la universidad latinoamericana. Las tensiones encontradas entre modelos de universidad que subyacen a viejos y nuevos mecanismos de regulación merecen estudiarse en otros países.
In this article, we analyze the new discourses on the university around two Colombian governmental programs: the student loan program Ser Pilo Paga and university rankings Mide. Although these programs can be labeled as market-based or neoliberal reforms, they have not been analyzed from a sociological perspective that discusses its relationship with changes in the idea itself of the university. We analyze the rhetoric surrounding its design and implementation through the content analysis of press articles and documents from governments and international organizations. From a neo-institutional perspective of world society theory, we find that loans have been mainly promoted by the World Bank, while rankings are directly copied from a global culture. There is also a rhetoric using the terms best, quality, excellence and technology that correspond with the global model of the entrepreneurial university. This idea contrasts, though, with terms such as equity, access, fairness and inclusion, in turn related to a discourse about social engagement that partially corresponds to the local idea of the Latin-American university. These tensions between university models where policy instruments are entangled should be further studied in other countries.
Neste artigo, analisamos os discursos sobre a universidade em torno de dois recentes programas governamentais colombianos: os créditos educacionais Ser Pilo Paga e os rankings universitários Mide. Embora esses programas possam ser caracterizados como reformas com base no mercado ou neoliberais, não receberam uma análise sociológica que discuta sua relação com as mudanças na própria ideia da universidade. Analisamos a retórica em torno da sua concepção e implementação através de uma análise de conteúdo de artigos de jornais, documentos governamentais e organizações internacionais. Apoiados em uma perspectiva neo-institucional da teoria da sociedade mundial, verificamos que os créditos foram impulsionados principalmente pelo Banco Mundial, enquanto os rankings são copiados diretamente a partir da cultura global. Existe também uma retórica sobre os termos de melhores, qualidade, excelência e tecnologia correspondente ao modelo global de universidade corporativa. Essa ideia contrasta, contudo, com termos como equidade, acesso, igualdade e inclusão que se encontra em um discurso sobre envolvimento social correspondente, em parte, com a ideia local universidade latino-americana. As tensões encontradas entre os modelos universitários subjacentes antigos e novos mecanismos reguladores merecem ser estudadas em outros países.