L’article examine le syndicalisme brésilien pendant les gouvernements successifs du Parti des travailleurs (PT), entre 2003 et 2013. Nous soutenons que les nouvelles conditions économiques et politiques créées par ces gouvernements et leur politique néodéveloppementiste ont favorisé la lutte revendicative des travailleurs, donné lieu à une forte augmentation du nombre de grèves et permis l’obtention de meilleurs salaires et d’avantages sociaux. Nous démontrons d’autre part que l’orientation politique générale du mouvement syndical a changé, devenant plus modérée. Le mouvement a rejoint le néodéveloppementisme, se détournant de l’ancien programme de lutte pour un État de bien-être social au Brésil.
Este artigo examina o sindicalismo brasileiro durante os sucessivos governos do Partido dos Trabalhadores (PT) entre 2003 e 2013. Sustentamos que as novas condições econômicas e políticas geradas por esses governos e por sua política neodesenvolvimentista favoreceram a luta reivindicativa dos trabalhadores, ensejaram um forte crescimento do número de greves e propiciaram a conquista de melhores salários e de benefícios sociais. Mostramos de outro lado que a orientação política geral do movimento sindical mudou, tornando-se mais moderada. O sindicalismo aderiu ao neodesenvolvimentismo, desviando-se do antigo programa de luta por um Estado de bem-estar social no Brasil.