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Maria Chiara Locchi 
Considerado um clássico da literatura distópica do século XX, Fahrenheit 451 ainda se revela um texto repleto de questões para os juristas, possibilitando diversos percursos de leitura. Se, tradicionalmente, a queima de livros pelos “Bombeiros do Fogo” remete à censura dos Estados autoritários ou totalitários, a obra de Ray Bradbury também é capaz de suscitar a reflexão jurídica sobre o tema – crucial – dos limites à liberdade de expessão nos Estados democrático-pluralistas, com destaque para problemas centrais e de grande atualidade como a liberdade de ensino nas escolas públicas e a criminalização do hate speech para tutelar as minorias nos ordenamentos constitucionais ocidentais. A questão que Fahrenheit 451 parece dirigir ao direito, em última análise, gira em torno da relação entre liberdade e autoridade e da determinação das condições de convivência diante da diversidade nas sociedades plurais contemporâneas.
Considerato un classico della letteratura distopica del Novecento, Fahrenheit 451 si dimostra ancora oggi un testo ricco di suggestioni per il giurista, indicando diversi possibili percorsi di lettura. Se, tradizionalmente, i roghi dei libri realizzati dai “Militi del fuoco” sono ricondotti alla censura degli Stati autoritari o totalitari, l’opera di Ray Bradbury è altresì in grado di sollecitare la riflessione giuridica intorno al tema, cruciale, dei limiti alla libertà di espressione negli Stati democratico-pluralistici, con riferimento a nodi problematici di grande attualità quali la libertà di insegnamento nella scuola pubblica e la criminalizzazione dell’hate speech a tutela delle minoranze negli ordinamenti costituzionali occidentali. La domanda che Fahrenheit 451 sembra rivolgere al diritto, in ultima analisi, ruota intorno al rapporto tra libertà e autorità e alla determinazione delle condizioni di convivenza tra diversi nelle società pluraliste contemporanee.
