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Nosso objetivo neste artigo é discutir as contribuições da abordagem do trabalho institucional para o estudo da estratégia como prática social. A estratégia como prática social (EPS) tem focado basicamente nas microinterações, deixando em segundo plano o ambiente institucional e como as práticas estratégicas podem afetá-lo. Para superar essa limitação, recentemente, alguns autores da perspectiva da estratégia como prática têm discutido a possibilidade de convergir as ideias da EPS com a abordagem institucional como forma de preencher essa lacuna. Mais especificamente, essa articulação teórica se apresenta mais produtiva com novos desdobramentos da teoria institucional a partir da noção de trabalho institucional, que procura demonstrar como os atores seriam capazes de criar, manter e dissolver instituições. O emprego do trabalho institucional no estudo do estrategizar possibilitaria entender melhor quais as implicações do fazer estratégia para o contexto institucional mais amplo, sem restringir a análise as microatividades dos praticantes. Concluimos que essa articulação pode ser interessante para o estudo da estratégia por indicar de forma mais evidente as implicações do estrategizar para um campo organizacional ou mesmo para a sociedade como um todo e não apenas para uma organização em específico e seus interesses particulares.
This article aims to present the contributions of institutional work to strategy as practice (SAP) perspective. The SAP approach has focused more on micro interactions than on how strategic practices can affect the institutional environment. To overcome this limitation, some authors have discussed the possibility of converging SAP ideas with contemporaneous teorical approaches of the institutional perspective. The institutional work is one of those contemporaneous approaches. This concept seeks to demonstrate how social actors would be able to create, maintain and dissolve institutions. By articulating institutional work concept with SAP perspective is possible to understandbetterthe implications of strategising for broader institutional context, without restricting the analysis to the practitioners’ micro activities. We conclude that this theorical articulation is interesting for the study of SAP perspective by indicating more clearly the strategizingimplications for the organizational field or even for society as a whole, not restricting the analysis just for one organization or for its particular interests.
