Carlos Roberto da Rosa Rangel
A menudo, la frontera se ve como una línea rígida de carácter geopolítico y que contrasta la soberanía y los intereses nacionales, reduciendo al mínimo las prácticas culturales de integración existentes en las zonas fronterizas. El objetivo de este artículo es mostrar las prácticas de integración regionales encabezadas por las zonas fronterizas situadas en la frontera de Brasil y Uruguay. Por lo tanto, se destacan las fiestas cívicas y carnavalescas como prácticas colectivas de afirmación de la cultura local, frente a los estados nacionales centralizadores de las décadas de 1930 y 1940. Se verifica que el presunto desorden del Carnaval y el orden de las fiestas cívicas fueron sometidos a una interpretación regional, que buscaba formas de integración capaces de superar las diferencias tributarias, cambiarias y culturales existentes en aquella zona fronteriza.
Often, the border is understood as a rigid line of a geopolitical character that contrasts sovereignty and national interests, minimizing cultural integrative practices occurring on border areas. The aim of this paper is to show the practices of regional integration headed by border populations located on the border of Brazil and Uruguay. For this purpose, civic and carnival parties as collective assertion practices of local culture are highlighted, in front of centralizing nation-states of the 1930s and 1940s. It is verified that the presumed carnivalesque disorder and the order of civic festivals were submitted to a regional interpretation that was seeking forms of integration that could surpass tax, currency and cultural differences in that border area.
Frequentemente, a fronteira é entendida como uma linha rígida de caráter geopolítico e que contrapõe soberanias e interesses nacionais, minimizando-se as práticas culturais integrativas existentes nos espaços fronteiriços. O objetivo desse artigo é mostrar as práticas de integração regional protagonizadas pelas populações fronteiriças localizadas na fronteira do Brasil com o Uruguai. Para tanto, destacam-se as festas cívicas e carnavalescas como práticas coletivas de afirmação da cultura local, diante dos estados nacionais centralizadores das décadas de 1930 e 1940. Verifica-se que a presumida desordem carnavalesca e a ordem das festas cívicas estiveram submetidas a uma interpretação regional, que buscava formas de integração capazes de superar as diferenças tributárias, cambiais e culturais existentes naquele espaço fronteiriço.