Juan González
El presente artículo pretende entablar una discusión teórica planteando la noción de los márgenes como espacio-proceso donde se articulan proyectos políticos relacionados al Buen Vivir. Dicha propuesta hace referencia a la fluctuación que ejercen pueblos con otras historias, incluidos los pueblos indígenas de Latinoamérica, para moverse dentro del Estado, el mercado y la sociedad dominante, y a la vez de retraerse y disentir de élapelando a sus diferencias ontológicas. Argumento que dicha fluctuación, representa fuerzas complementarias más que opuestas, que expresan el derecho de vivir diferente a la sociedad dominante, y al mismo tiempo, a la necesidad de pertenecer a ella. La tensión creada entre ambas fuerzas es fundamental para entender elBuen Vivir en el contexto políticoLatinoamericano contemporáneo.La propuesta de los márgenes, por ende, abre la posibilidad de un diálogo de saberes, pero también ofrece una línea de escape ante la colonialidad del proyecto de la Euro-modernidad.
This paper aims to propose a theoretical discussion concerning the notion of the margins as a space-process where political projects related to BuenVivir are articulated. This proposal refers to the fluctuation experienced bypeople with different histories than that of modernity,includingindigenous peopleof Latin-America, in order to move within and outside the state, markets and dominant society. It also includes theirability to withdraw and dissent from the state appealing to their ontological differences. I argue that such fluctuation can be understood as complementary rather than as opposing forces, expressing the right to live differentlyin regards the dominant society, and at the same time, the need to belong to it. The tension created between this two forces is essential to understand the BuenVivir in the context of contemporary Latin American politics. The proposal of the margins thus opens the possibility of a dialogue of knowledge’s, but also offers an escape to the colonialist project of Euro-modernity.
Este artigo tem como objetivo estabelecer uma discussão teórica, argumentando a noção das margens como espaço-processo onde se articulam os projetos políticos relacionados ao Bom Viver. Esta proposta refere-se à flutuação exercida pelos povos com outras histórias, incluidos os povos indígenas da América Latina, no seu movimento dentro do Estado, do mercado e da sociedade dominante, e por sua vez de retrairse e discordar dele apelando para suas diferenças ontológicas. Argumento que essa flutuação representa forças complementar mais que forças opostas, expressando o direito de viver diferente da sociedade dominante, e, ao mesmo tempo, a necessidade de pertencer a ela. A tensão criada entre as duas forças é essencial para entender o Bom Viver no contexto político latino-americano contemporâneo. A proposta das margens, assim, abre a possibilidade de um diálogo de saberes, mas também oferece uma via de escape antea colonialidade do projeto da Euro-modernidade.