El voto femenino en Chile fue introducido en 1934 para elecciones locales y se extendió al resto de los comicios en 1949. Este artículo analiza el proceso legislativo y los efectos de la extensión del sufragio a las mujeres en Chile en perspectiva temporal a través de un análisis documental y cuantitativo, mediante inferencia ecológica. Argumentamos, primero, que los cálculos estratégicos de los partidos sobre los posibles efectos del voto femenino fueron fundamentales para explicar la ruta chilena al sufragio femenino. Segundo, que la incorporación de las mujeres al electorado no provocó una inestabilidad electoral relevante. Tercero, que nuestro estudio sobre la brecha de género indica que, si bien ella favoreció por largo tiempo a los partidos de derecha y al centro reformista, ha disminuido en el tiempo.
Womenseccode=ress suffrage was introduced in two steps in Chile: first for local elections in 1934 and later extended to all elections in 1949. This article analyzes the legislative process and the effects of women's enfranchisement in Chile from a temporal perspective through a documentary and quantitative analysis, by means of ecological inference. Firstly, we argue that the political parties' strategic calculations about the possible consequences of the womenseccode=ress vote were fundamental for explaining the Chilean route to women's suffrage. Secondly, we maintain that the incorporation of women into the electorate did not cause any significant electoral instability. Thirdly, our study of the gender gap shows that even though it favored right-wing and reformist-center parties for a long time, this effect has diminished considerably with the passing of time.
O voto feminino no Chile foi introduzido em 1934 para eleições locais e estendeu-se ao restante dos comícios em 1949. Este artigo analisa o processo legislativo e os efeitos da extensão do sufrágio agrave;s mulheres no Chile em perspectiva temporal por meio de uma análise documental e quantitativa, mediante inferência ecológica. Argumentamos, primeiramente, que os cálculos estratégicos dos partidos sobre os possíveis efeitos do voto feminino foram fundamentais para explicar a rota chilena ao sufrágio feminino. Segundo, que a incorporação das mulheres ao eleitorado não provocou uma instabilidade eleitoral relevante. Terceiro, que nosso estudo sobre a brecha de gênero indica que, embora ela tenha favorecido por longo tempo os partidos de direita e o centro reformista, vem diminuindo com o tempo.