Defiendo la idea que la filosofía de Rancière es antimaquiaveliano, en el sentido en que su distinción entre policía y política no es una división primaria, sino una brecha en el tejido sensible de la sociedad. No piensa entonces la política en términos de una teoría de agencia sino como una cartografía estética de situaciones. Se trata de trazar la emergencia de un problema político dentro de una situación singular, y la ética de tal cartografía es la insistencia sobre la contingencia irreductible de una elección existencial del problema. Elaboro conceptos nuevos ("sitios de inconmensurabilidad", "experimentación", "fragmentación del espacio social"), y especifico como las tres lógicas de identificación, desidentificación y sobreidentificación son tres maneras de construir y tratar problemas situados.
I argue that Rancière's philosophy is anti-Machiavellian in the sense that his distinction between police and politics is not an originary division, but rather a gap in the sensible fabric of society. He thus moves from politics as a theory of agency to an aesthetic cartography of situations. It is a question of mapping the emergence of a political problem within a singular situation, and the ethics of such mapping is the insistence on the irreducible contingency of an existential choice of the problem. I will elaborate some new concepts ("sites of incommensurability," "experimentation," "fragmentation of social space") and specify how the three logics of identification, dis-identification, and over-identification are three ways of constructing and dealing with situated problems
Defendo a ideia de que a filosofia de Rancière é antimaquiaveliana, no sentido em que sua diferenciação entre polícia e política não é uma divisão primária, mas sim uma brecha no tecido sensível da sociedade. Não pensa então a política em termos de uma teoria de agência, mas sim como uma cartografia estética de situações. Tenta-se estabelecer a emergência de um problema político dentro de uma situação singular, e a ética dessa cartografia é a insistência sobre a contingência irredutível de uma escolha existencial do problema. Elaboro conceitos novos ("lugares de incomensurabilidade", "experimentação", "fragmentação do espaço social") e especifico como as três lógicas de identificação, desidentificação e superidentificação são três maneiras de construir e tratar problemas situados.