Ana Maria de Oliveira Galvão, Kelly Aparecida De Sousa Queiroz, Mônica Yumi Jinzenji
¿Cómo las mujeres de ambientes populares construyen, a través de su trayectoria de la vida, maneras de participación en las culturas de la escritura ¿Qué papel cumplen los “agentes de la alfabetización” en este contexto? ¿Que formas de participación son construidas? Este artículo busca, con base en los resultados de una pesquisa concluida, analizar las tácticas por medio de las cuales un grupo de mujeres negras, con las experiencias restrictas o inexistentes de escolarización, en su mayoría de medios agrícolas y actualmente viviendo en un conglomerado en Belo Horizonte, el Brasil, construyó su participación en las culturas de la escritura, a mediados del siglo XX. Fundamentado en la metodología de la historia oral, entrevistamos a 33 mujeres y levantamos en la reunión de datos secundarios de sus lugares de origen. Estimadas de historia cultural, de la sociología de la lectura, y los trabajos que discuten las relaciones entre la tradición oral y la cultura escrita fundamentaron el análisis de los datos. Los resultados del estudio indican que la familia, la escuela, los espacios urbanos y la participación en movimientos sociales habían sido los principales motivos que hacieron posible un uso más eficaz de la lectura y de la escritura. También mostró, que las formas de participación en las culturas de la escrita construida por las mujeres fueron bastante distintas entre sí: algunas se convirtieron en lectoras literarias, escriben poemas y músicas, desarrollaron una oralidad extremadamente estructurada; la mayoría, sin embargo, vivencia una relación de poco acercamiento con el mundo escrito: aprendió a firmar el nombre y desarrolló tácticas para vivir en una sociedad grafo céntrica, como la memorización y la ayuda de los que dominan la lectura y la escritura.
How do low-income women build, throughout their lives, ways to participate in written culture? What are the main instances that “sponsor” this participation? What kind of participation is built? This article aims to analyze the tactics through which low-income, uneducated black women, who were born in rural areas and today live in a slum in Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil, built their participation in written culture during the mid-20th century. Oral history was used as methodological approach to interview 33 women. A survey of secondary data about their hometowns was also performed. The theoretical framework includes the works done in the fields of cultural history, sociology of reading, and orality and literacy. The results of the research show that family, school, the urban environment, and the participation in social movements were, in general, responsible for the women’s participation in written culture. The research also shows that they performed different ways of participation. Some women became literary readers, wrote poems and music, and developed very organized speeches. However, most of them experienced a distant relationship with the written world: they learned how to sign their names and developed tactics to live in a written-centered society, such as memorization and the help from people who know how to read and write.
Como mulheres de meios populares constroem, ao longo de suas trajetórias de vida, modos de participação nas culturas do escrito? Que instâncias ocupam o papel de “agentes de letramento” nessa participação? Que tipos de participação são construídas? Este artigo busca, com base nos resultados de uma pesquisa concluída, analisar as táticas por meio das quais um grupo de mulheres negras, com experiências restritas ou inexistentes de escolarização, originárias em sua maioria de espaços rurais e atualmente moradoras de um aglomerado em Belo Horizonte, Brasil, construiu sua participação nas culturas do escrito, em meados do século XX. Baseados na metodologia da História Oral, entrevistamos 33 mulheres e realizamos o levantamento de dados secundários de suas localidades de origem. Os pressupostos da história cultural, da sociologia da leitura, e dos trabalhos que discutem as relações entre oralidade e cultura escrita fundamentaram a análise dos dados. Os resultados do estudo indicam que a família, a escola, os espaços urbanos e a participação em movimentos sociais foram as principais instâncias que possibilitaram um uso mais efetivo da leitura e da escrita. Mostraram, ainda, que os modos de participação nas culturas do escrito construídos pelas mulheres foram bastante distintos entre si: algumas se tornaram leitoras literárias, escrevem poemas e músicas, desenvolveram uma oralidade extremamente estruturada; a maioria, no entanto, vivencia uma relação de pouca aproximação com o mundo escrito: aprendeu a assinar o nome e desenvolveu táticas para viver em uma sociedade grafocêntrica, como a memorização e o apoio dos que dominam a leitura e a escrita.