Argentina
La fecundidad teórica-política de las luchas contra los impactos ambientales, sanitarios, sociales, económicos del denominado neodesarrollismo y neoextractivismo, en América Latina, se encuentra en momentos acuciantes. Entre la diversidad de perspectivas, recuperamos los aportes de una sociología de los problemas públicos para abordar las luchas por la justicia ambiental, básicamente porque la práctica de investigación se promueve como una forma de cooperación reflexiva y democrática entre los afectados ambientales y todos los sujetos inmersos en una estructura de injusticias ambientales. Considerando, principalmente, algunas contribuciones del pragmatismo y de la teoría crítica, daremos cuenta de los rasgos distintivos de una sociología de los problemas públicos. En primer lugar, presentaremos su dimensión epistemológica, ética y política, definida por la activa formación de lo público. En segundo lugar, haremos énfasis en la creatividad conceptual, estratégica e institucional de lo público, con ejemplos de situaciones problemáticas que devienen de los impactos ambientales y sanitarios del uso masivo de agrotóxicos en la siembra de un organismo genéticamente modificado (ogm). En tercer lugar, estableceremos un puente entre los aportes de una sociología de los problemas públicos y la justicia ambiental, considerada un campo de pensamiento y acción de la competencia de discursos ambientalistas, en el que el concepto de justicia no se reduce a su administración estatal, sino que remite a una diversidad de prácticas en el espacio público estatal y ciudadano. Estas prácticas denuncian y critican la desigual distribución del riesgo y del daño ambiental, a la vez que promueven creativamente reformas y transformaciones institucionales para la plena vigencia de los derechos y las garantías a la vida, la salud y el ambiente. Una sociología de los problemas públicos pretende así aportar a la comprensión de las luchas por los derechos y el reconocimiento de formas de vida, por la equidad socioambiental y por el derecho a la participación democrática y el amplio ejercicio de la autodeterminación en la construcción de una sociedad con justicia ambiental.
A fecundidade teórico-política das lutas contra os impactos ambientais, sanitários, sociais, econômicos do denominado neodesenvolvimento e neoextrativismo, na América Latina, encontra-se em momentos prementes. Entre a diversidade de perspectivas, recuperamos as contribuições de uma sociologia dos problemas públicos para abordar as lutas pela justiça ambiental, já que a prática de pesquisa é promovida como uma forma de cooperação reflexiva e democrática entre os afetados ambientais e todos os sujeitos imersos numa estrutura de injustiças ambientais. Considerando, principalmente, algumas contribuições do pragmatismo e da teoria crítica, trataremos dos traços diferenciais de uma sociologia dos problemas públicos.
Em primeiro lugar, apresentaremos sua dimensão epistemológica, ética e política, definida pela ativa formação do público. Em seguida, enfatizaremos a criatividade conceitual, estratégica e institucional do público, com exemplos de situações problemáticas que derivam dos impactos ambientais e sanitários do uso massivo de agrotóxicos na semeadura de um organismo geneticamente modificado (ogm). Em terceiro lugar, estabeleceremos uma ponte entre as contribuições de uma sociologia dos problemas públicos e a justiça ambiental, considerada um campo de pensamento e ação da competência de discursos ambientalistas, no qual o conceito de justiça não se reduz a sua administração estatal, mas sim remete a uma diversidade de práticas no espaço público estatal e cidadão. Essas práticas denunciam e criticam a distribuição desigual do risco e do dano ambiental ao mesmo tempo que promovem criativamente reformas e transformações institucionais para a plena vigência dos direitos e das garantias à vida, à saúde e ao ambiente. Uma sociologia dos problemas públicos pretende, portanto, contribuir para a compreensão das lutas pelos direitos e pelo reconhecimento de formas de vida, pela equidade socioambiental e pelo direito à participação democrática e ao amplo exercício da autodeterminação na construção de uma sociedade com justiça ambiental.
The political struggles against the environmental, health, social, and economic impacts of neo-developmentalism and neo-extractivism in Latin America have been theoretically fertile. From the diversity of perspectives, we recover the contributions of a sociology of public problems for the struggles for Environmental Justice, basically because it promotes the practice of research as a reflexive and democratic form of cooperation between those directly environmentally affected and all those subject to a structure of environmental injustice. First, we present the epistemological, ethical and political dimension, defined by the active formation of a public. Secondly, we focus on the conceptual, strategic and institutional creativity of the public, with examples of the problems caused by the environmental and health impacts of the massive use of agrotoxics in gmo agriculture. Finally, we establish a bridge between the contributions of a sociology of public problems and Environmental Justice, the latter considered as a field of thought and action with competence in environmentalist discourses, meaning that the concept of justice is not reduced to state administration. Instead it refers to the diversity of practices in the public sphere, claiming and criticizing the unequal distribution of environmental risk and harm. At the same time, these practices creatively promote institutional reforms and transformations toward the full enforcement of rights and guarantees to life, health and the environment. A sociology of public problems aims to provide an understanding of the struggle for rights and recognition of forms of life, social and environmental equity and the right to democratic participation and the broad exercise of self-determination in building a society with environmental justice.