António Covas, Maria das Mercês Covas
A longo prazo, a competitividade dos subsistemas territoriais,medida pelos seus benefícios de contexto,precede a competitividade empresarial. Para que issoseja possível, é necessário que uma região disponha de um centro de racionalidade de políticas públicas, onde se realize aconvergência e a concertação das opções de política regional no médio e longoprazo. Está, portanto, em causa a governançae a pilotagem do território regional. Vamos, por isso, converter osterritórios regionais em subsistemasfuncionais operativos, dotados de um actor-redepara a sua governança específica e para levar a bom porto a sua articulaçãofuncional com outros territórios adjacentes. Para operar esta transformação é imperioso voltar a criarcapital social e promover a cooperação territorial descentralizada, razão pela qual nósafirmamos o imperativo categórico da construçãosocial dos territórios, a saber, a cooperatividadeinterna dos territórios e a produçãode internalidades como condições da sua competitividadeexterna.