José Camilo dos Santos Filho
El objetivo de este trabajo fue indagar sobre la repercusión de crisis recientes de la universidad en su misión y responsabilidad social y, desde esa reflexión, proponer caminos para la consolidación de esa responsabilidad. Las tres crisis principales enfrentadas por la universidad a partir de mediados del siglo XX identificadas por Boaventura Souza Santos como crisis de hegemonía, de legitimidad e institucional han constituido el cuadro de discusión del problema de la responsabilidad social de la universidad. Si bien verdadera para las universidades de los países avanzados, la pérdida de hegemonía en el campo de la investigación aún no ocurre en la universidad brasileña. Para superar la crisis de legitimidad, se justifica la creación de instituciones académicas y de formación profesional de punta para el cultivo de las elites intelectuales y profesionales del país, así como de instituciones no universitarias de educación superior de masa para la formación cultural y tecnológica de los jóvenes. Para posibilitar el acceso a esas instituciones por segmentos socioeconómicos discriminados en la sociedad, se justifica la adopción de política de acción afirmativa en la forma de cuotas. La superación de la crisis institucional será alcanzada cuando el Estado respete la especificidad de las universidades y cuando los criterios de evaluación de sus funciones se adecuen a su naturaleza específica y la titularidad de la evaluación recaiga en las propias instituciones asegurando la evaluación externa por pares efectivos y no por pares cooptados por el Estado.
O objetivo deste trabalho foi indagar sobre a repercussão de crises recentes da universidade na sua missão e responsabilidade social e, a partir dessa reflexão, propor caminhos para a consolidação dessa responsabilidade. As três crises principais enfrentadas pela universidade a partir de meados do século XX identificadas por Boaventura Souza Santos como crises de hegemonia, de legitimidade e institucional, constituíram o quadro de discussão do problema da responsabilidade social da universidade. Embora verdadeira para as universidades dos países avançados, a perda de hegemonia no campo da pesquisa ainda não ocorre na universidade brasileira. Para superar a crise de legitimidade, justifica-se a criação de instituições acadêmicas e de formação profissional de ponta para o cultivo das elites intelectuais e profissionais do país, bem como de instituições não universitárias de educação superior de massa para a formação cultural e tecnológica dos jovens. Para possibilitar o acesso a essas instituições por segmentos socioeconômicos discriminados na sociedade, justifica-se a adoção de política de ação afirmativa na forma de cotas. A superação da crise institucional será alcançada quando o Estado respeitar a especificidade das universidades e quando os critérios de avaliação de suas funções forem adequados à sua natureza específica e a titularidade da avaliação recair nas próprias instituições assegurando a avaliação externa por pares efetivos e não por pares cooptados pelo Estado.
The purpose of this study was to investigate the repercussion of the recent crisis of the university on its mission and responsibility and, from this reflection, to propose ways for the consolidation of this responsibility. The three main crisis faced by the university from the middle of the XXth century identified by Boaventura Souza Santos as crisis of hegemony, of legitimacy and institutional, constituted the framework of discussion of the problem of social responsibility of the university. Although true for the universities of the advanced countries, the loss of hegemony in the area of research still does not occur in Brazilian university. To overcome the crisis of legitimacy, the creation of advanced academic and professional training institutions for the cultivation of the intellectual and professional elite of the country, as well as of non university institutions of mass higher education for the cultural and technological formation of the youth is justified. To make possible the access to these institutions by discriminated socioeconomic segments of society, the adoption of the policy of affirmative action in the form of quotas is justified. The overcoming of the institutional crisis will be achieved when the State respect the specificity of the universities and when the evaluation criteria of her functions be adequate to her specific nature and the titularity of the evaluation belong to the institutions themselves assuring the external evaluation by effective pairs and not by pairs coopted by the State.