O objetivo principal deste trabalho foi analisar o efeito Smart Money considerando-se o controle por períodos de crise financeira. Foram selecionados 285 fundos Long and Short brasileiros, no período de 03 de janeiro de 2005 a 12 de setembro de 2013. Com a aplicação de ferramentas quantitativas como a análise de regressão multivariada, análise de regressão logística, complementada com a estatística descritiva e análise de gráficos, os principais resultados mostraram que: i) os cotistas dos fundos de investimento, em média, escolhem os fundos com melhor performance passada para realizar seus investimentos; ii) os fundos que receberam captação líquida positiva apresentaram, em média, melhores indicadores de performance futura que os demais fundos, mesmo para a performance ajustada ao risco; e iii) em períodos de crise, o efeito Smart Money foi anulado, tendo inclusive o seu sinal invertido, talvez por haver menor relação entre performance passada e performance futura quando se tem restrições financeiras impostas pelo mercado. Assim, foram apresentados indícios de que, em períodos de crise, os investidores, em média, não necessariamente apresentam habilidades de seletividade na escolha dos fundos que apresentarão a melhor performance, contrariando o efeito Smart Money para períodos de restrições financeiras.