La recuperación de empresas por sus trabajadores en la Argentina representa un proceso que a pesar de sus características disruptivas e innovadoras ha concitado una amplia legitimidad social. ¿Cuáles son las lógicas que fundan dicha legitimidad? ¿En qué medida esta valoración positiva se extiende a todos los atributos del proceso, aun los más disruptivos? ¿Cómo interactúan las lógicas operantes con los valores hegemónicos sobre los que se erige la sociedad capitalista? A través de la investigación por encuesta, realizamos una medición de la valoración social del proceso de recuperación de empresas en sus diferentes dimensiones e indagamos la configuración cultural que permite entender a la misma. Retomando los desarrollos teóricos en torno al concepto de economía moral, sostenemos que la legitimidad que concita el proceso se funda en la valoración que asume el trabajo como forma de reproducción social, material y simbólica en la sociedad argentina. Esta configuración cultural en torno al trabajo permite discriminar entre lo justo y lo injusto, promoviendo la acción colectiva y la tolerancia a la misma; planteando de este modo, límites a la mercantilización del trabajo.
The recuperation of enterprises by their workers in Argentina represents a process that despite its disruptive and innovative features has gained a wide social legitimacy. Which are the logics that underlie such legitimacy? To what degree this positive assessment extends to all the attributes of the process, even the most disruptive? How do operating logics interact with the hegemonic values on which stands the capitalist society? Through survey research, we measure the social assessment of the recuperation of enterprises process in its different dimensions and we inquire the cultural configuration that allows its understanding. Revisiting the theoretical developments around the concept of moral economy, we argue that the legitimacy the process gains is based on the assessment of labor as a form of social, material and symbolic reproduction in Argentinean society. This cultural configuration around labor allows the discrimination between right and wrong, promoting collective action and a tolerance to it; thereby presenting, limits to the commodification of labor.
A recuperação de empresas pelos seus trabalhadores na Argentina representa um processo que apesar de suas características disruptivas e inovadoras que tem atraído uma amplia legitimidade social. ¿Quais são as lógicas que fundam essa mesma legitimidade? ¿Em que medida esta valoração positiva se estende a todos os atributos do processo, mesmo aos mais disruptivos? ¿Como interagem as lógicas que operam com os valores hegemônicos sobre os quais ergue-se a sociedade capitalista? O través da pesquisa de opinião, realizamos medições da estimação social do processo da recuperação de empresas em suas diferentes dimensões e indagamos a configuração cultural que permite compreender a mesma. Retomando os desenvolvimentos teóricos em torno ao conceito de economia moral, sustentamos que a legitimidade que suscita o processo se funda na valoração que assume o trabalho como uma forma de reprodução, material e simbólica na sociedade argentina. Esta configuração cultural em torno ao trabalho permite discriminar entre o justo e o injusto, promovendo a ação coletiva e a tolerância à mesma; apresentando deste modo, limites à mercatilização do trabalho.