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Roxana P. Albanesi
Referirse al trabajo es hacer mención a un concepto complejo y multifacético. A su vez, los trabajadores constituyen un grupo social heterogéneo cuya ubicación en la estructura social es diversa. En este artículo se buscar reflexionar acerca de las características actuales del trabajo. Se presenta una breve reseña histórica que remite a las diferentes formas que asume la relación capital-trabajo en el tiempo para detenerse, con mayor profundidad, en las transformaciones ocurridas desde la crisis del capitalismo industrial hasta nuestros días. La reflexión acerca de lo que cambió y lo que permanece como tendencias en el mundo del trabajo depende de la periodización con que se aborde la cuestión. La evolución general del capitalismo muestra que la informalidad, la precariedad, la inestabilidad son condiciones clásicas del trabajo cuando se encuentra sujeto a mercados autorregulados. Las diferencias quedan claramente identificadas cuando se toma como referencia el período del Estado de Bienestar. Desde esta perspectiva temporal, la desigualdad de los ingresos entre diferentes ramas y al interior de un mismo grupo no constituye una novedad, pero sí lo son la degradación de las condiciones de trabajo y la desprotección social. En la historia reciente, esta situación es percibida por los trabajadores como un incremento de la vulnerabilidad y de los riesgos. El desempleo como realidad o como amenaza permanente, las condiciones flexibles del trabajo, el debilitamiento de la creencia en soluciones colectivas, la resignación social, la organización de estrategias individuales e individualistas, son rasgos distintivos de la historia reciente de los trabajadores.
Referring to work is mentioning a complex multifaceted concept. At the same time, workers form a heterogeneous social group whose place in social structure is diverse. This article intends to reflect on the present characteristics of work. It presents a brief summary which refers to the different forms taken by the capital-work relation throughout time studying in depth the transformations occurred from the crisis of industrial capitalism to our time. The reflection on what has changed and what remains as tendencies in the world of work depends on the periodization used to approach the matter. The general evolution of capitalism shows that informality, precariousness and instability are classic working conditions when work is tied to self-regulated markets. The differences are clearly identified when taking as reference the Welfare State period. From a chronological point of view, the inequality of income between different branches and within a group itself is nothing new, but the degradation of working conditions and the lack of social protection are. In recent history, this situation is perceived by workers as an increase on vulnerability and risks. Unemployment -either as a reality or as a permanent threat-, flexible working conditions, weakening of the belief in collective solutions, social resignation and organization of individual and individualistic strategies are distinguishing features in workers’ recent history.
Fazer referência ao trabalho é fazer menção de um conceito complexo e de muitas facetas. Por sua vez, os trabalhadores constituem um grupo social heterogêneo cujo lugar na estrutura social é diversa. Neste artigo procuramos refletir sobre as características atuais do trabalho. Se apresenta uma breve resenha que remete às diferentes formas que assume a relação capital-trabalho no tempo para se deter, com uma maior profundidade, nas transformações ocorridas desde a crise do capitalismo industrial até os nossos dias. Refletir sobre o que mudou e o que permanece como tendência no mundo do trabalho depende do período com o que se aborde a questão. A evolução geral do capitalismo exibe que a informalidade, a precariedade e a instabilidade são condições clássicas do trabalho quando está sujeito aos mercados autorregulados. As diferenças ficam claramente identificadas quando se têm como referência o período do Estado de Bem-estar. Deste ponto de vista temporal, à desigualdade de renda entre os diferentes grupos e dentro de cada um deles, hoje temos de considerar uma nova situação: a degradação progressiva das condições de trabalho e a falta de proteção social. Na história recente, esta situação é percebida pelos trabalhadores como um aumento da vulnerabilidade e dos riscos. O desemprego (como uma realidade ou como uma ameaça permanente), as condições flexíveis do trabalho, o enfraquecimento da crença nas soluções coletivas, a resignação social, e a organização de estratégias individuais e individualistas são traços marcantes da história recente dos trabalhadores.
