As mudanças no contexto nacional e internacional impuseram novas questões ao debate sobre a dinâmica urbano-regional brasileira. Dentre elas, o aprofundamento da inserção internacional do País tendo como base seu potencial de recursos naturais e sua articulação com o �efeito-China� na reconfiguração das relações internacionais e o processo de desindustrialização, decorrente da especialização produtiva regressiva e da apreciação da taxa de câmbio. O objetivo deste artigo é examinar as linhas gerais da dinâmica urbano-regional no âmbito das transformações na economia e sociedade brasileiras desde os anos 1980, especialmente no período pós-2004 em que ocorre uma retomada do crescimento econômico e dos gastos estatais. Entende-se que tal análise enfrenta desafios teórico-metodológicos importantes, sendo necessário o resgate de referenciais analíticos como o da divisão espacial do trabalho para o entendimento das desigualdades regionais e a (re)formulação da questão regional brasileira.