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Javier Echeverría Ezponda 
Este artículo parte de la hipótesis de que a finales del siglo XX ha surgido una nueva modalidad de ciencia, la tecno-ciencia, que presenta dimensiones tecnológicas, económicas, políticas, empresariales e incluso militares, aparte de las propiamente científicas. La tecno-ciencia no se limita a describir o explicar el mundo, sino que pretende transformarlo. La búsqueda de conocimientos está subordinada al logro de innovaciones. Por tanto, además de filosofía de la ciencia es preciso hacer una filosofía de la tecno-ciencia y una filosofía de la innovación que se derive de ella, debido a que los sistemas de I+D (investigación y desarrollo) están orientados a innovar. Para ello hay que desarrollar nuevas líneas de investigación: filosofía de la práctica científica, filosofía de la tecno-cultura y filosofía política de la ciencia, aparte de una axiología y una praxiología de la ciencia. Para argumentar estas propuestas, se comentan tres ejemplos de nuevas tecno-ciencias sociales y humanas (computación en la nube, sistemas de indicadores y neurociencias humanas). Además, se propone la noción de tecnoparadigma, que regula las agendas tecno-científicas actuales y el modo de hacer ciencia en el siglo XXI
This article is based on the assumption that at the end of the 20th century emerged a new form of science, techno-science, which presents technological, economic, political, business, and even military dimensions apart from the strictly scientific one. Technoscience is not limited to describe or explain the world, but rather to transform it. The search for knowledges is subject to the achievement of innovations. Therefore, as well as philosophy of science is needed a philosophy of techno-science and a philosophy of innovation derived from it, because the systems of ID (research and development) are today geared to innovate. For this purpose there is to develop new lines of research: philosophy of scientific practice, philosophy of techno-culture and political philosophy of science, apart from an axiology and a praxeology of science. To argue these proposals three examples of new social and human technos-ciences are commented (cloud computing, systems of indicators and human neurosciences). Furthermore, it is proposed the notion of techno-paradigm, which regulates the contemporary technoagendas and the way of doing science in the 21st century.
Este artigo parte da hipótese de que, nos finais do século XX, surgiu uma nova modalidade de ciência, a tecnociência, que apresenta dimensões tecnológicas, econômicas, políticas, empresariais e até militares, para além das propriamente científicas. A tecnociência não se limita a descrever ou explicar o mundo, mas pretende transformá-lo. A procura de conhecimentos está subordinada à consecução de inovações. Portanto, além de filosofia da ciência, é preciso fazer uma filosofia da tecnociência e uma filosofia da inovação dela derivada, em virtude de que os sistemas de P+D (pesquisa e desenvolvimento) perseguem a inovação. Para isso, é necessário desenvolver novas linhas de pesquisa: filosofia da prática científica, filosofia da tecnocultura e filosofia política da ciência, além de uma axiologia e uma praxiologia da ciência. Para argumentar estas propostas, são comentados três exemplos de novas tecnociências sociais e humanas (computação em nuvem, sistemas de indicadores e neurociências humanas). Além disso, propõe-se a noção de tecnoparadigma, que regula as agendas tecnocientíficas atuais e o modo de se fazer ciência no século XXI.
