La “forma escolar” tradicional ha sido cuestionada en reiteradas oportunidades y desde ángulos diferentes. En el presente artículo nos concentraremos en el análisis de algunas críticas que, presentándose como alternativas libertarias y superadoras de la misma, acaban resultando funcionales a la nueva configuración adquirida por el capitalismo en la actualidad. De este modo, sostenemos que discursos educativos apologéticos del auti-autoritarismo, la flexibilidad, la creatividad y la autonomía entendida como la libertad de cada uno para darse las propias normas resultan afines a cierto modo de gestión empresarial en el marco de un nuevo espíritu del capitalismo en el que crece la importancia de la responsabilizacion individual por los propios actos y se acentúan procesos de individuación. En ese sentido, en el presente ensayo analizaremos la película- documental “La educación prohibida”, estrenada en agosto de 2012, en la cual se critica a la escolarización estatal obligatoria abogando por el fin de la “forma escolar” tradicional. En la primera parte del escrito desplegaremos los conceptos de “forma”, “gramática”, “cultura escolar” y “Programa Institucional” colocándolos en función del análisis de la película. En la segunda, presentaremos y analizaremos críticamente algunos de los cuestionamientos al monopolio estatal de la educación formal que el documental esgrime, sosteniendo que los mismos presentan afinidad electiva con la actual configuración de un capitalismo soft.
The traditional school form has been questioned in many occasions and in different perspectives. In this article we are going to focus on the analysis of some critics that, presenting themselves as libertarian and surpassing alternatives, end up being functional for the new capitalism configuration. Therefore, we sustain that apologetical educational speeches of anti-authoritarism, of flexibility, of creativity, and of autonomy (understood as freedom to each person to make their own rules) are in congruence with certain types of business management that it is in the context of the capitalism new spirit, increases their relevance of individual responsibility for their own acts and deepen the individuation process. Then, we are going to analyse the documentary “The forbidden education”, released in august of 2012, which criticises the compulsory state school system promoting the end of traditional school form. In the first part of this article we are going to present the concepts of “form”, “grammatical”, “school culture” and “institutional program”, putting them in relation with the film analysis. In the second part, we are going to show and analyse critically some of the questions to the state monopoly of the formal education that de documentary try to introduce, sustaining that they present certain electivity affinity with the actual configuration of a soft capitalism.
A forma tradicional da escola foi questionada em muitas ocasiões e em diferentes perspectivas. Neste artigo vamos nos concentrar nas análises de algumas criticas que, apresentando- se como alternativas de liberação e de superação, acabam sendo funcionais à nova configuração do capitalismo na atualidade. Assim, sustentamos que discursos educativos apologéticos do antiautoritarismo, da flexibilidade, da criatividade e da autonomia (entendida como liberdade da pessoa para se dar as próprias regras) estão em congruência com um certo modo de gestão empresarial que está no contexto do novo espírito do capitalismo, no qual aumenta a importância da responsabilização individual pelos próprios atos e se acentuam os processos de individuação. Neste sentido, analisaremos o documentário “La educación prohibida”, estreado em agosto de 2012, no qual se critica a escolarização estatal obrigatória promovendo o fim da forma escolar tradicional. Na primeira parte do escrito vamos apresentar os conceitos de “forma”, “gramática”, “cultura escolar” e “programa institucional”, colocando eles em relação à análise do filme. Na segunda parte, vamos expor e analisar criticamente alguns dos questionamentos ao monopólio estatal da educação formal que o documentário tenta demonstrar, sustentando que os mesmos apresentam certa afinidade eletiva com a atual configuração de um capitalismo soft.