Álvaro Del Águila
Este trabajo pretende contribuir al análisis de las relaciones de clase y etnicidad que tienen lugar al interior de la industria de la construcción argentina. A pesar de la importancia que reviste el sector en tanto “nicho” laboral aglutinador de gran parte de la fuerza de trabajo proveniente de países limítrofes, es poco lo que se sabe aún sobre la cultura de estos trabajadores y sobre el modo en que desarrollan su vida y trabajo. A partir del trabajo de campo etnográfico realizado en diferentes obras en construcción entre 2006 y 2012, el presente artículo se propone analizar la conformación de un grupo etno-laboral específico al interior de la industria, en vinculación estrecha al origen rural de gran parte de los migrantes. Al mismo tiempo, se pretende indagar respecto de las dimensiones que adquiere la explotación de la fuerza del trabajo migrante en el sector, haciendo hincapié en las construcciones discursivas minusvalorizantes que se esgrimen respecto de éstos y que suelen operar como mecanismos legitimadores de su explotación laboral.
This paper aims to contribute to the analysis of class and ethnic relations within the construction industry in Buenos Aires, Argentina. The construction industry constitutes an important employment niche for migrants from neighboring countries, yet we know very little about the culture, life, and work of immigrants in this industry. Based on ethnographic work conducted in several construction sites between 2006 and 2012 this paper analyzes the formation of a specific ethnic and class group among construction workers, a group with strong ties to their rural origins. This paper also analyzes the dimensions of exploitation of this labor force, emphasizing in particular the derogatory discourse construction used to refer to and describe immigrant workers. These discourses usually serve as legitimating devices for their exploitation.
Este trabalho tem como objetivo contribuir para a análise das relações de classe e etnia que ocorrem dentro da indústria da construção Argentina. Apesar da importância do setor como um unificador "nicho" do trabalho de grande parte da força de trabalho dos países vizinhos, ainda se sabe pouco sobre a cultura destes trabalhadores e como eles desenvolvem a sua vida e obra. A partir do trabalho de campo etnográfico realizado em diferentes locais de construção, entre 2006 e 2012, este artigo analisa a formação de um grupo étnico-trabalho específico dentro da indústria, em estreita ligação com a origem rural de grande parte da migrantes. Ao mesmo tempo, é para perguntar como para o tamanho que adquire a exploração força de trabalho migrante no setor, com destaque para as construções discursivas minusvalorizantes justificativas feitas sobre estes e eles geralmente funcionam como legitimar mecanismos de exploração do trabalho.