O presente artigo foi desenvolvido a partir de uma pesquisa cujo objetivo foi compreender os sentidos e significados do singular e do coletivo em um assentamento de reforma agrária do MST. O artigo discute questões trabalhadas na pesquisa, tais como a experiência de coletivização em um assentamento de reforma agrária do MST, a luta pela terra como forma de superação do processo de exclusão social e inclusão perversa e o sofrimento ético-polÃtico. Para a realização da pesquisa, fez-se uma imersão de cinco dias no assentamento, onde se vivenciou o cotidiano dos assentados. Para apreensão das informações, foram realizadas entrevistas gravadas e observações assistemáticas registradas em diário de campo. O processo de análise das informações se deu por meio de uma análise de conteúdo. A pesquisa apontou que a experiência de coletivização vivenciada pelos sujeitos, os potencializou para o enfrentamento à s dimensões subjetivas, materiais e éticas presentes no processo dialético de exclusão/inclusão social. Também, superaram o sofrimento ético-polÃtico, por meio de relações de cooperação e solidariedade, na construção do singular/coletivo, possibilitando espaços de (re)criação na ótica do ético-polÃtico.