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Antonio dos Santos Silva, Henrique Cordeiro Martins, Antonio Moreira de Carvalho Neto
O presente trabalho tem como objetivo analisar a maneira pela qual os elementos de empreendedorismo extraídos de Schumpeter (1997) e identificados em Organizações Sociais (OS) se articulam no processo de gestão destas instituições. As especificidades dessas organizações têm proporcionado estudos que descortinam um campo vasto de conhecimento para pesquisadores da administração. Todavia este se encontra, ainda, carente de discussões mais abrangentes sobre as práticas de seus gestores. Quanto à metodologia, optou-se por uma abordagem qualitativa, tendo sido realizadas dez entrevistas semiestruturadas, cujo roteiro teve como referência o texto de Schumpeter (1997). Como principais resultados, obteve-se que a distinção real que existe entre organizações com fins sociais e empresas voltadas ao lucro encontra-se no plano dos valores e objetivos. No entanto, devido a pressões ambientais, observa-se, uma escalada de profissionalização na gestão em OS que visa atender a protocolos de interface e transparência na aplicação de recursos, buscando perpetuar relacionamentos com entidades mantenedoras e financiadores. Esta reflexão sobre processos de gestão de OS baseada em elementos de empreendedorismo mostrou-se promissora por permitir uma visualização mais crítica e estruturada do fenômeno empreendedorismo na área social.
This study aims to analyze the management of Social Organizations (SO) from five elements of entrepreneurship identified in the work of Schumpeter (1997). The specifics of SO have provided studies that unveil a vast field of knowledge for management researchers. However, there is need for more comprehensive discussions about SO management practices. As to the methodology we opted for a qualitative approach; ten semi-structured interviews were conducted. As main results the research showed that the real distinction that exists between organizations working for social and profit-oriented companies is the level of values and goals. However, due to environmental pressures, there is an escalation of professionalism in SO management that aims to meet the interface protocols and transparency in the application of resources seeking to perpetuate relationships with sponsors. This reflection on management processes of SO based on elements of Schumpeterian entrepreneurship has shown promise for allowing a view of the most critical and structured phenomenon in social entrepreneurship.
