El contrato de fiducia mercantil es una herramienta jurídica que permite a sus partes configurar de forma relativamente libre la forma en que este se ejecutará, razón por la cual ha sido ampliamente utilizado para llevar a cabo un gran número de operaciones que, en sí mismas, podían ser realizadas directamente por el fideicomitente. Dentro de ese número de operaciones se incluyen aquellas en donde se configura una integración empresarial. Las operaciones de integración no están prohibidas pero llevan a la aplicación del derecho de la competencia dentro del marco del contrato de fiducia y, en caso de no cumplirse con las normas de competencia, las consecuencias pueden afectar la existencia o validez de este último contrato. Así, este artículo tiene como objetivo mostrar que el contrato de fiducia se puede utilizar como un mecanismo de integración empresarial, presentar la interacción entre el derecho aplicable a la fiducia mercantil y el derecho de la competencia, explicar las consecuencias jurídicas que esa interacción trae consigo y demostrar que el fiduciario puede ser responsable por la celebración de un contrato de fiducia que conlleva a una integración empresarial, en caso de no cumplir con condicionamientos adicionales propios del derecho de la competencia.
Commercial trusts allow parties to establish in a fairly wide fashion the performance of an agreement. That is the reason why trusts have been used widely to carry on business transactions that are not required to be instrumented in a trust agreement and may be developed by the settlor. Within the wide range of business operations that are developed through trusts, there are some that lead to business integrations. Using trusts in this way is not prohibited but it makes antitrust laws applicable to those contracts. The purpose of this article is to prove that trusts may be used as a mechanism to integrate businesses, to explain the interaction of applicable laws to trust with antitrust law, to explain the legal consequences of that interaction and to demonstrate that trustees may be held liable if a trust agreement turns to be a mechanism of business integration, when the agreement does not fulfill additional requirements that arise from antitrust law.
O contrato de fidúcia mercantil é uma ferramenta jurídica que permite a suas partes configurar de forma relativamente livre a forma em que este será executado, razão pela qual tem sido amplamente adotado para realizar um grande número de operações que, em si mesmas, podiam ser realizadas diretamente pelo fideicomitente. Dentro desse número de operações se incluem aquelas onde se configura uma integração empresarial. As operações de integração não estão proibidas mas levam à aplicação do direito da concorrência dentro do marco do contrato de fidúcia e, caso não se cumpra com as normas de concorrência, as consequências podem afetar a existência ou validez do contrato de fidúcia.
Assim, este artigo tem como objetivo mostrar que o contrato de fidúcia pode ser utilizado como um mecanismo de integração empresarial, explicar a interação entre o direito aplicável à fidúcia mercantil e o direito da concorrência, explicar as consequências jurídicas que essa interação traz consigo e demonstrar que o fiduciário pode ser responsável pela celebração de um contrato de fidúcia que leva a uma integração empresarial, caso não cumpra com condicionamentos adicionais próprios do direito da concorrência.