Border area, twin cities and interactions cross-border in the context of MERCOSUR.
A border area is located at the confluence of two national territories. However, instead of the traditional concept of division, it suggests the idea of connection between territories. To understand this, we have to consider the territorial contest in both sides of the international boundary, being the border area another territoriality that will reconfigure the divided territorial spaces. In this sense, the concept of border area is characterized by interactions that, although international, create a specific geographical environment only perceivable at local/regional level. The geographical factor that best distinguishes the border area is given by the twin cities (Machado, 2005). In South America, since the Regional Integration, the frontier areas appear as specific laboratories where to build new spatial configurations that may become cross-border spaces.
However the border areas are by nature cross-border areas. This context leads us to ask: how national States have behaved with cross-border interactions in the Regional Integration scenario? The analysis of the two sets of twin cities located in a segment of the border Brazil-Argentina - Dionísio Cerqueira (SC)/Barracão (PR)/Bernardo de Irigoyen (MNES) and Santo Antônio do Sudoeste (PR)/San Antonio (MNES), reveals that although the regional integration reached important results, in many ways it still does not recognize the cross-border interactions historically woven by the inhabitants of border areas.
A zona de fronteira se encontra na confluência entre dois territórios nacionais. Entretanto, ao invés do conceito clássico de divisão, ela remete à ideia de ligação entre territórios e para apreendê-la é necessário considerar o conjunto territorial de ambos os lados do limite internacional, pois se trata de outra territorialidade que vai reconfigurar os espaços territoriais divididos pelo limite. Nesta direção, o conceito de zona de fronteira se caracteriza por interações que, embora internacionais, criam um meio geográfico próprio de fronteira, só perceptível na escala local/regional. O elemento geográfico que melhor distingue a zona de fronteira é aquele formado pelas cidades gêmeas (Machado, 2005). Na América do Sul, desde a Integração Regional, as zonas de fronteira aparecem como laboratórios específicos onde se podem construir novas configurações espaciais podendo se tornar espaços transfronteiriços.
No entanto, as zonas fronteiriças são por natureza espaços transfronteiriços. Esse contexto nos leva a indagar: Como os Estados nacionais têm tratado as interações transfronteiriças no contexto da Integração Regional? A análise de dois conjuntos de cidades gêmeas situadas num segmento da fronteira Brasil-Argentina - Dionísio Cerqueira (SC)/Barracão (PR)/ Bernardo de Irigoyen (MNES) e Santo Antônio do Sudoeste (PR)/San Antonio (MNES) , revela que embora a integração regional tenha avanços importantes, em muitos aspectos ela ainda não reconhece as interações transfronteiriças historicamente tecidas pelos sujeitos fronteiriços, habitantes das zonas de fronteira.