Maria Helena Tenório de Almeida
O presente texto baseia-se na perspectiva de Hannah Arendt para quem o acontecimento é o lugar onde o pensamento nasce. Com base nesse princípio, investiga ações e práticas em cujo entrecruzamento vão surgindo novos atores ou sujeitos que, a partir do campo mesmo do opositor, disputam o espaço da cidade numa espécie de «profanação dos lugares luminosos da cidade» (Santos, 1996), no sentido de retirá-los da esfera do sagrado (Agabén, 2006) e restituí-los ao uso comum «dos homens ordinários».