Elvira Cruvinel Ferreira Ventura, Leonardo Vasconcelos Cavalier Darbilly
Assim como no mundo empresarial, organizações não-governamentais � ONGs têm se desenvolvido na lógica de redes e parcerias, alavancando o desenvolvimento do Terceiro Setor e redefinindo seu espaço no mundo interconectado. Além disso, as ONGs passam a construir modelos organizacionais próprios, de acordo com as novas necessidades para consecução de seus objetivos muitas vezes também redefinidos. O artigo analisa o modelo organizacional do Comitê para Democratização da Informática, a Rede CDI, buscando entender como está estruturado e como atingiu notoriedade na área social. O CDI é uma ONG brasileira que busca soluções para a questão da exclusão digital, por meio, principalmente, do modelo de �franquia social� de suas escolas, no Brasil e no exterior. Ao aprendizado da tecnologia, com vistas à formação para o mercado de trabalho, se associam discussões que conscientizam e despertam a cidadania, propiciando a inclusão digital e social de jovens de comunidades carentes, através de um modelo organizacional e pedagógico simples, mas impactante nas comunidades. Além da força legítima do projeto do CDI, fator essencial que tem permitido a replicação do modelo é a combinação dos ideais de uma organização sem fins lucrativos com o gerenciamento profissional da rede.
Just as occurs in the in the entrepreneur world, Non-Governmental Organizations � NGOs, have developed themselves by following a system of nets and partnerships, boosting the development of the third sector and redefining its space in the interconnected world. Furthermore, these organizations build organizational models of their own in accordance with the new necessities for the accomplishment of their objectives, which are also redefined many times. This paper analyses the organizational model of the Comitee for Informatics Democratization (CDI), trying to understand how it is structured and how it achieved notoriety in the social area. CDI is a Brazilian NGO, which searches for solutions to digital exclusion mainly through a �social franchise� model of its schools located in Brazil and oversees. Learning of technology as a means of gaining access to the work market, along with discussions that bring forth a sense of citizenship, provide destitute communities with digital and social inclusion through a simple organizational model, but of great impact to those communities. A key factor in the replication of CDI model, besides its own legitimate strength, is the combination between non-governmental organizations ideals and the professional management of the organizational network.