Este artigo tem como objetivo identificar as práticas e as representações da cultura sertaneja no programa Hora Sertaneja, apresentado por José de Barros durante 37 anos ininterruptos na mesma emissora de rádio. Para alcançá-lo, a investigação se debruçará sobre o pensamento de Beltrão (1980) em relação aos grupos marginalizados que compõem a audiência folk, mais especificamente, os grupos rurais. Falando para o �homem do campo�, o programa Hora Sertaneja fez uso da linguagem atribuída não só ao sertanejo como também ao típico mineiro do interior, conquistando audiência também entre os moradores da área urbana da cidade e, desta forma, contribuiu para o resgate da memória sertaneja e para a composição da identidade do juiz-forano.