Raquel Pereira Alberto Nunes
O artigo analisa, comparativamente, dois olhares sobre o filme Barravento: o primeiro de Luiz Paulino dos Santos, captado através de seu roteiro, e o segundo de Glauber Rocha, apreendido a partir de seu roteiro e filme. Ambas as perspectivas dialogam com concepções e tensões presentes no ambiente cultural brasileiro, particularmente na Bahia, em fins da década de 1950 e início dos anos 60. Pretende-se, através dessa análise, uma reflexão sobre os diversificados olhares acerca da cultura popular, das religiões afrobrasileiras, do papel do intelectual na sociedade e dos conceitos de povo e de alienação durante a época.