Eleonora Schettini Martins Cunha, Giovanni Allegretti , Marisa Matias
Este texto discute o modo como o uso das tecnologias de informação e comunicação (TIC) no âmbito dos Orçamentos Participativos pode ou não promover formas de cidadania e democracia mais participativas. A questão é explorada com base em alguns exemplos de diversos países, que mostram a forma como a utilização das TIC é enquadrada pelas instituições. O recurso às novas tecnologias em processos participativos e de decisão política assume configurações muito diferenciadas, podendo tratar-se de uma inclusão limitada � servindo como instrumentos de informação ou, quando muito, de apoio à fiscalização ou ao debate � ou, em certos casos, de um uso mais avançado das potencialidades daí decorrentes, servindo de apoio aos próprios processos de decisão política. Os casos apresentados ao longo do texto representam as diferentes configurações existentes quer no âmbito de uma utilização �subordinada�, quer de uma utilização �coordenada� das TIC em processos democráticos.