�Quem disse que a ALCA é o destino natural e irrevogável de todos os países americanos?�, desafia e pergunta Luis Fernando Novoa Garzon, sociólogo, professor universitário e membro da ATTAC-Brasil � Ação pela Taxação das Transações Financeiras em Apoio aos Cidadãos, uma das entidades organizadora do Fórum Social Mundial de Porto Alegre. Crítico ácido e ferrenho da ALCA, ele não tem papas na língua e coloca o dedo em várias feridas. �A ALCA aprofunda a contradição entre o centro e a periferia e a recoloca em termos ainda mais hierárquicos�, diz. Suas análises procuram refletir sobre os papéis que países como o Brasil, a Argentina, o Chile, o México e a Venezuela podem cumprir diante desse processo assimétrico de integração. Além disso, ele avalia também o espaço ocupado pela União Européia e pela China e as relações que guardam com a ALCA. Apesar de traçar um quadro bastante complexo e muitas vezes sombrio, ele não perde as esperanças: �Não há o que temer. Carregamos conosco as melhores energias da humanidade, o melhor da memória e do imaginário coletivo para compormos uma outra história e um outro mundo�.