Apresenta-se e analisa-se posicionamentos de técnicos de saude mental disseminados por diversos modeos de leitura ainda ancorados no paradigma patológico da homosexualidade. O material exposto neste artigo é resultado de uma análise feita a discursos produzidos em grupos de discussao, organizados para efeitos de investigaçao, e dormados quer por clínicos (psiquiatras e psicólogos), quer por gays e lésbicas que passaram por processos de acompanhamento terapêutico (por razoes múltiplas e nao apenas por questoes ligadas à homossexualidade). Os níveis de homofobia e heterossexismo ainda existentes no contexto clínico portugués revelam quer a cumplicidade como modelos de formaçao nao questionados, quer a dificultade com que gays e lésbicas podem confrontar-se nun processo que perpetua, senao mesmo amplia, a discriminaçao social de que sao alvo.