Procura-se, neste artigo, equacionar as condiçoes de translocalizaçao e de globalizaçao das ciências modernas, bem como as condiçoes específicas da sua institucionalizaçao e da actividade científica em sociedades que, como Portugal, se situam na semiperiferia do sistema-mundo. Dada a sua condiçao de sociedade semipériferica integrada numa regiao central do sistema-mundo -a Uniao Europeia -, Portugal apresenta especificidades que sao examinadas a propósito do recente processo recente de criaçao e institucionalizaçao de um sistema nacional de investigaçao e desenvolvimento, e que configuram uma cultura científica de fronteira.