Este ensaio discute os efeitos que os novos sistemas de segurança e vigilância postos em prática após os ataques do 11 de Setembro têm sobre a cultura. Já transformada pelos processos da globalizaçao e, efectivamente, contribuindo para esses processos, a cultura constitui um espaço primoridal de conflito e controlo na sequência dos ataques: movimentos contestatários, muitos dos quais sao culturalmente constituídos, sao identificados com o terrorismo; os filmes de Hollywood, a imprensa electrónica e a imprensa tradicional sao recrutados ao serviço da segurança; planeiam-se novas formas culturais de controlo. Em última análise, a guerra ao terrorismo também consegue proteger o regime de acumulaçao establecido pelo Consenso de Washinton. Será o movimento anti-globalizaçao capaz de enfrentar o novo regime de acumulaçao?