Na solidao do quarto de um Melia Confort, um sociólogo frustrado debate-se com um stress de ansiedade provocado pela responsabilidade de ter de comentar dois volumes de uma vultuosa obra. Desapontado com os apontamentos que alinhavara, decide refazer a comunicaçao inspirando-se no hic et nunc do seu descontentamento. Levado por uma curiosidade espontânea, o nosso sociólogo parte das contingências e banalidades do quotidiano para chegar a um mundo de significaçoes, através de me mediaçoes entre o particular e o global, o individual e o colectivo, o subjectivo e o objectivo. O mundo (vivido) que o rodeia parece desvendar-se, num espectro de culturas e de identidades, a partir do momento em que é sociologicamente problematizado (concebido). É possível desvelar o social através das imediaticidades do quotidiano?. Pode ser que sim, pode ser que nao. Tudo depende dos questionamentos sociológicos, capazes nao de o recapturarem na sua aparente factilidade que é dada pelos traços epidérmicos da quotidianeidade.