Centrando-se na actual politizaçao da cultura e particularmente nas lutas pelo reconhecimento, a autora identifica três problemas que ameaçam a justiça social no contexto da globalizaçao: a reificaçao das identidades colectivas, a substituiçao da redistribuiçao pelo reconhecimento e a forma como diferentes tipos de luta estao a enquadrar desajustadamente os processos transnacionais. O texto discute três estratégias conceptuais para neutralizar os riscos derivados destes problemas, todas elas baseadas em traços emergentes da globalizaçao. Para contrariar o risco da reificaçao, propoe uma concepçao do reconhecimento baseada no estatuto que nao conduz a uma política de identidade. Para contrariar o risco da substituiçao, a autora prooe uma concepçao do reconhecimento baseada no estatuto que nao conduz a uma política de identidade. Para contrariar o risco da substituiçao, a autora propoe uma concepçao bidimensional de justiça que abrange tanto o reconhecimento como a distribuiçao. Para contrariar a ameaça do enquadramento desajustado, propoe uma concepçao de soberania de múltiplos níveis que descentra o enquadramento nacional.