Acceso usuarios
, Maria Dulce Alves Freire (codir. tes.) , María Amelia Filipe Branco Antunes Dias (secret.) , Sergio Riesco Roche (voc.) El presente trabajo es el estudio del negocio corchero en Portugal durante la segunda mitad del «largo» siglo XIX (1848-1914), teniendo como espacio de referencia el Alentejo, que se define como la suma de las Nomenclaturas de Unidades Territoriales Estadísticas (NUTS) III que actualmente usan esa designación – Alto Alentejo, Alentejo Central, Alentejo Litoral y Bajo Alentejo. La elección de este espacio regional es debido à la representación de lo mismo en lo negocio corchero portugués, ya que, en el siglo XIX, no sólo era (y sigue siendo) el principal productor forestal de corcho, sino también ostentaba gran parte de la industria corchera portuguesa.
Sabiendo que actualmente Portugal lidera el negocio corchero en todas sus facetas – forestal, industrial y comercial – pero que esto no ocurrió en el siglo XIX, el objetivo principal es entender, a partir del análisis detallado del sector forestal, industrial y de la política económica, en el Alentejo y, por extensión, en Portugal, si el negocio corchero aprovecho todas sus potencialidades, a través de una comparación con su principal competidor, España. De hecho, el lugar que actualmente Portugal mantiene en el negocio corchero era, hasta la década de 1930, ocupado por España, a pesar de ser en Portugal que el alcornoque mejor se desarrolla y, por tanto, donde hay un mayor potencial para la producción de más y mejores corchos. En el sentido de responder a esta problemática, la investigación desarrollada se apoya en una multiplicidad de fuentes documentales, manuscritas e impresas, producida por agentes económicos privados y por entidades públicas, así como en la bibliografía existente sobre el tema objeto de estudio, concretamente en lo que se refiere al desarrollo del sector corchero español.
Esta disertación está estructurada en seis capítulos, siendo el primero de carácter introductorio y donde se incluye la presentación del tema, los objetivos, la literatura científica ya existente, las fuentes utilizadas y su crítica, las delimitaciones geográfica y cronológica de la tesis y la caracterización del espacio del Alentejo, desde el punto de vista geográfico, demográfico, económico y social. El segundo capítulo presenta una visión a largo plazo del negocio corchero, mientras que los capítulos tercero, cuarto y quinto concretan el tema en estudio, dedicándose, respectivamente, a la explotación forestal, a la industria ya la política económica. En el último capítulo, teniendo en cuenta las conclusiones de cada uno de los anteriores, trata de responder a la pregunta original, concluyendo que, a pesar que el negocio corchero portugués no se benefició principalmente con muchos de los factores institucionales que permitirán su ascenso, en mediados del siglo XX, la primera potencia mundial de corcho, la verdad es que, en España, tampoco se potenció este aspecto. Por lo tanto, el rendimiento económico más bajo del negocio corchero portugués se debió más a cuestiones históricas relacionadas con el inicio tardío con respecto al español que a otros factores. Es también de señalar que, debido al estudio del negocio corcho en el Alentejo ochocientista, otras cuestiones surgieron a las que también se presentan las respectivas conclusiones. En concreto, en lo referente a la explotación forestal, con preferencia por el arrendamiento del corcho como forma de abastecimiento de materia prima y, en la rama industrial, se analizan los factores de localización y deslocalización industrial.
O presente trabalho consiste no estudo do negócio corticeiro em Portugal durante a segunda metade do «longo» século XIX (1848-1914), tendo como referência concreta o espaço do Alentejo, definido como o somatório das atuais Nomenclaturas das Unidades Territoriais para Fins Estatísticos (NUTS) III que usam essa designação: Alto Alentejo, Alentejo Central, Alentejo Litoral e Baixo Alentejo. A escolha por este espaço regional deve-se à representatividade do mesmo no negócio corticeiro português, visto que, na cronologia apresentada, era não só (como ainda é) o principal produtor florestal de cortiça, mas também onde grande parte da indústria corticeira se encontrava fixada. Sabendo que atualmente Portugal lidera o negócio corticeiro em todas as suas facetas –florestal, industrial e comercial–, mas que tal não ocorria no século XIX, o principal objetivo é compreender, a partir da análise detalhada do setor florestal, da indústria e da política económica, se no Alentejo e, por extensão, se em Portugal, o negócio corticeiro aproveitou todas as suas potencialidades, através da comparação com o que na época se passava no setor corticeiro espanhol. De facto, o lugar que atualmente Portugal ocupa no negócio corticeiro era, até à década de 1930, preenchido por Espanha, não obstante ser em Portugal que o sobreiro melhor vegeta e, consequentemente, onde existe um maior potencial para a produção de mais e melhor cortiça. No sentido de responder a esta problemática, a investigação desenvolvida apoia-se numa multiplicidade de fontes documentais, manuscritas e impressas, produzida por agentes económicos privados e por entidades públicas, bem como na bibliografia já publicada sobre o tema em questão, sobretudo no que diz respeito ao desempenho do setor corticeiro espanhol. A dissertação está estruturada em seis capítulos, sendo o primeiro de carácter introdutório e onde se inclui a apresentação do tema, os objetivos, a literatura científica já existente, as fontes utilizadas e a sua crítica, as delimitações geográfica e cronológica da tese, e a caracterização do espaço do Alentejo, sob o ponto de vista geográfico, demográfico, económico e social. O segundo capítulo apresenta uma visão de longo do prazo do negócio corticeiro, enquanto os capítulos terceiro, quarto e quinto concretizam o tema em estudo, dedicando-se, respetivamente, à exploração florestal, à indústria e à política económica. No último capítulo, tendo em conta as conclusões de cada um dos anteriores, procura-se responder à pergunta inicial, concluindo-se que, apesar do setor corticeiro português não ter beneficiado de muitos dos fatores institucionais que lhe vão permitir a ascensão, em meados do século XX, a primeira potência mundial corticeira, a verdade é que em Espanha tal também não ocorreu. Assim, o menor desempenho económico do setor corticeiro português deveu-se mais a questões históricas relacionadas com um arranque mais tardio do mesmo, do que a outro tipo de fatores. É ainda de referir que, decorrente do estudo do negócio corticeiro no Alentejo de oitocentos, outras questões foram surgindo às quais também se apresentam as respetivas conclusões. Em concreto, na exploração florestal, a opção pelo arrendamento de cortiça como forma de abastecimento de matéria-prima e, no setor industrial, os fatores de localização e deslocalização industrial.
The present work consists in the study of the cork business in Portugal during the second half of the «long» XIXth century (1848-1914), having the Alentejo as the concrete geographical space for it. Alentejo is defined as the sum of the current Nomenclatures of Territorial Units for Statistics (NUTS) III that use this designation: Alto Alentejo, Central Alentejo, Alentejo Litoral and Baixo Alentejo. The choice for this regional space is due to its representativeness in the Portuguese cork business, since in the XIXth century it was not only (as it still is) the main cork forest producer, but also where a great part of the cork industry was fixed. Knowing that Portugal nowadays controls all the facets of the cork business –forestry, industry and commerce– but that it did not happen in the nineteenth century, the main objective is to understand, from a detailed analysis of the forest sector, industry and economic policy, if in the Alentejo and, by extension, if in Portugal, the cork business exploited all its potentialities, by comparing it with what was then happening in the Spanish cork sector. In fact, the place that Portugal currently occupies in the cork business was, until the 1930s, occupied by Spain, although it is in Portugal that the cork tree better develops and consequently where there is a greater potential for the production of more and better cork. In order to answer to this problem, this research is based on a multiplicity of sources, both handwritten and printed, produced by private economic agents and public entities, as well as in the bibliography already published on the subject in question, specially about the performance of the Spanish cork industry. The dissertation is structured in six chapters, the first of which is an introductory one and includes the presentation of the theme, the objectives, the existing scientific literature, the sources used and its critique, the geographic and chronological delimitations of the thesis, and the characterization of Alentejo in terms of geography, demography, economy and socially. The second chapter presents a long run vision of the cork business, while the third, fourth and fifth chapters concretize the subject under study, focusing on forest exploitation, industry and economic policy respectively. The last chapter, taking into account the conclusions of each of the previous ones, responds the initial question, concluding that, although the Portuguese cork industry was not benefited from many of the institutional factors that will allow it to rise, as a world leader, in the mid of the twentieth century, in Spain this did not happen either. Thus, the lower economic performance of the Portuguese cork sector was due more to historical issues related to a later start of the sector than to other types of factors. It is also worth mentioning that, because of the study of the cork business in the eighteenth century Alentejo, other questions were raised and the respective conclusions are presented. Specifically, in forestry, the option for fixed rent contracts as a way of obtaining raw materials and, in the industrial sector, the factors of location and industrial relocation.
