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Nicole Tie Furrier Serikava, Giovana Santos Viana, Emily Cabral Vaquero, Isabella Ferreira Colomietz, Gabrielli Moreno de Oliveira, Rafael Benício Bonatelli, Alícia de Alencar Carvalho, Andrea Lopes Ramires Kairala
Introdução: Mais de 70% dos pacientes no período perinatal, sob cuidados em Unidades de Terapia Intensivos Neonatal (UTIN), recebem a administração de antibioticoterapia. Entre os efeitos adversos, destaca-se a capacidade dos antibióticos de prejudicar os mecanismos de defesa e causar danos ao organismo, resultantes da redução das funções e da alteração da composição da microbiota intestinal. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura, utilizando-se os descritores “Anti-Bacterial Agents AND Newborn AND Gastrointestinal Microbiome”, sendo selecionados 10 (dez) trabalhos datados de 2017 a 2023, nos idiomas inglês, espanhol e português. Discussão: A diversidade da microbiota intestinal em desenvolvimento inicial depende da exposição repetida a novos antígenos bacterianos para a sua maturação imunológica. Com isso, o tratamento com antibióticos é considerado um fator de risco para o desenvolvimento de diversidade microbiana no início da vida, com o potencial de desenvolvimento imunológico alterado, impactando na diversidade de espécies e a função da microbiota gastrointestinal. Conclusão: Destaca-se a complexa interação entre a microbiota intestinal, o uso de antibióticos e a saúde geral ao longo da vida. Ademais, a discussão sublinha a necessidade urgente de uma abordagem mais criteriosa no uso de antibióticos, especialmente em populações vulneráveis, como recém-nascidos e gestantes.
