A saúde sexual é fundamental para o bem-estar geral, envolvendo aspectos físicos e psicológicos essenciais para qualidade de vida. Entre as disfunções sexuais femininas, a dispareunia, caracterizada por dor durante a relação sexual, afeta significativamente a qualidade de vida. No Brasil, cerca de 49% das mulheres enfrentam disfunções sexuais, sendo crucial investigar sua prevalência em universitárias para desenvolver intervenções eficazes. Este estudo analisou a prevalência de dispareunia e seu impacto na qualidade de vida em 162 universitárias da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) - Divinópolis, com idade mínima de 18 anos e vida sexual ativa. Foram aplicados os questionários “Quociente Sexual – Versão Feminina” (QS-F) e “Avaliação qualitativa da qualidade de vida e dados sociodemográficos”, para avaliar desempenho sexual, dados demográficos e impacto na qualidade de vida. Os resultados mostraram que 70% das participantes relataram dor durante a relação sexual e 43,2% dessas indicaram impacto negativo na qualidade de vida. Mulheres com dispareunia apresentaram 2,3 vezes mais chances de sofrer impacto no bem-estar em comparação às sem a condição. A carência de educação sexual no Brasil agrava a situação, dificultando o acesso ao apoio e tratamento. Conclui-se que a alta prevalência de dor sexual entre universitárias exige intervenções para promover a saúde sexual, prevenir consequências futuras e explorar demais aspectos da dor sexual em estudos futuros.