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Júlia Fernandes de Araújo, Giovanna Moraes Katopodis, Renata Coelho Câmara Pimentel, Lianna Ghisi Gomes, Eric Mateus Nascimento de Paula, Tânia Mara Ferreira Gonçalves Derossi, Rodrigo Perissinotto, Andresa de Cássia Martini
O diabetes mellitus tipo 1 (DM1) é uma doença crônica que requer manejo contínuo e complexo. Com o aumento da prevalência global do DM1, as intervenções tecnológicas, especialmente as relacionadas ao mobile health (mHealth), têm se mostrado promissoras no apoio ao autocuidado e ao controle glicêmico. Este estudo revisou a literatura para avaliar a eficácia das intervenções mHealth no manejo do DM1. Trata-se de uma análise de estudos publicados entre 2016 e 2023, extraídos das bases de dados PubMed, Scielo e Lilacs. Os resultados destacaram que houve redução significativa na HbA1c em pacientes adultos que utilizaram aplicativos móveis por um período prolongado. Também foi relatado o aumento na frequência de automonitoramento da glicemia (AMGC) em crianças e jovens com DM1, com um impacto positivo na gestão do diabetes, além disso, a diferença no estilo dos aplicativos e intervenções geram diferentes impactos na redução da HbA1c e na AMGC. As intervenções tecnológicas podem ser eficazes no controle do DM1, especialmente quando personalizadas para as necessidades dos usuários e usadas consistentemente ao longo do tempo. Aplicativos que oferecem funcionalidades específicas, como cálculos de carboidratos e bolus de insulina, têm maior impacto na redução da HbA1c. No entanto, barreiras como compatibilidade com dispositivos, clareza dos tutoriais e custos adicionais precisam ser abordadas para maximizar os benefícios dessas tecnologias. Conclui-se que as intervenções mHealth têm potencial significativo para melhorar o controle glicêmico em pacientes com DM1, desde que os desafios de adoção e uso sejam mitigados.
