Camila Albino de Andrade, Maria Mariana Cardoso Clemente, Mauro Virgílio Gomes de Barros, João Francisco Lins Brayner Rangel Júnior
Introdução: A saúde mental e cardiovascular de adolescentes é tema de relevância crescente, dado o aumento de diagnósticos de hipertensão arterial associados a fatores emocionais como depressão. A depressão, reconhecida pela OMS como uma das principais causas de incapacidade, pode influenciar marcadores cardiovasculares, indicando uma relação bidirecional. Objetivo: mapear na literatura científica a relação entre alterações na pressão arterial e sintomas depressivos em adolescentes. Método: Trata-se de uma revisão de escopo, seguindo o protocolo proposto por Arksey e O'Malley (2005) e escrita segundo a lista de verificação PRISMA-ScR. O protocolo desta revisão foi registrado no Open Science Framework(doi 10.17605/osf.io/46psf). A pergunta da pesquisa foi: “Existe associação entre alterações na pressão arterial e sintomas depressivos em adolescentes?”. Down?”. As buscas foram realizadas nas bases de dados: BVS/Lilacs, Cochrane Library, Embase, Pubmed/Medline, Scielo e Web of Science. Foram encontrados 545 artigos. Ao todo foram incluídos 7 artigos. Resultados: Os resultados revelaram que sintomas depressivos estão associados a marcadores cardiovasculares como rigidez arterial, variabilidade da frequência cardíaca e pressão arterial sistólica e diastólica. A maioria dos estudos aponta para uma relação bidirecional, sugerindo que alterações na pressão arterial podem agravar sintomas depressivos e vice-versa. Apesar disso, não há consenso sobre os impactos diretos durante a adolescência, mas evidências indicam maior risco de doenças cardiovasculares na vida adulta. Conclusão: Conclui-se que intervenções precoces são fundamentais e recomenda-se maior número de estudos longitudinais para esclarecer a interação entre saúde mental e cardiovascular nessa faixa etária.