As atividades agrícolas em solos são bastante agravantes frente a problemas como a desertificação, salinização e perda de nutrientes, prejudicando a produtividade agrícola e o desenvolvimento da região do semiárido. Outro fator é o descarte inadequado de resíduos lignocelulósicos oriundo de atividades agroindustriais no meio ambiente. Logo, objetivou investigar o comportamento do biocarvão, da casca de coco pirolisada, em solo do sertão paraibano, sob aspecto de capacidade de retenção de água e nutrição, em função do tempo de incubação. Para tal finalidade realizou-se experimentos com amostras de solo luvissolo e biocarvão obtido nas condições de pirólise a 300 ºC por 2h, com taxa de aquecimento de 10 ºC/min, em que foram avaliados os atributos químicos: pH, CE, CTC, CTA, C, N e nutrientes nas diferentes concentrações do biochar no solo em função do tempo. O experimento foi aplicado em escala de bancada de laboratório e processado com delineamento inteiramente casualizado (DIC), composto por sete (07) tratamentos, subdividido em três tempos e quatro (04) repetições, incubadas em ambiente controlado, totalizando 84 unidades experimentais. Os resultados revelaram que na dosagem de 150 (% p/v) de biocarvão ao solo contribui na melhoria da qualidade do solo, pois corrige pH em solo ácido, aumenta a capacidade de retenção de água e troca catiônica, além de agregar micronutrientes e reter nutrientes.