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Soraya Abegail de Lima, Eduarda Pereira Gomes, Auriane Silva Lima Grígolo, Elis Carolina Pacheco, Camila Marinelli Martins, Erildo Vicente Müller, Eliseu Alves Waldman, Pollyanna Kássia de Oliveira Borges
Introdução: A COVID-19 é uma doença caracterizada pela síndrome respiratória aguda grave (SRAG) que se espalhou globalmente, requerendo meios de contenção, tais como medidas não farmacológicas. Objetivo: avaliar o impacto desse tipo de medidas contra a COVID-19 em Ponta Grossa, Paraná, que haviam sido implementadas por decretos municipais entre 2020 e 2021. Métodos: Foi realizado um estudo epidemiológico e transversal a partir dos dados do sistema "Notifica COVID-19". Calcularam-se as frequências de casos confirmados por variáveis sociodemográficas e sintomatológicas e as taxas de incidências mensais da doença, realizando-se a comparação temporal entre estas e as publicações dos decretos que impunham medidas não farmacológicas aos ponta grossenses. A relação entre os decretos e a evolução da incidência foi analisada com gráficos e análise de tendência, considerando p < 0,05 significativo. Resultados: O perfil sociodemográfico mais afetado pela COVID-19 em 2020 e 2021 em Ponta Grossa englobou os moradores de bairros mais populosos (Uvaranas, Contorno e Boa Vista), mulheres e os indivíduos entre 30-44 anos. O quadro assintomático prevaleceu sobre o sintomático em ambos os anos, embora tenha havido aumento percentual das hospitalizações no segundo ano pandêmico. A taxa de incidência mensal da doença apresentou crescimento gradual e controlado em 2020 e variações abruptas no ano seguinte, com decaimento sólido a partir de julho/2021, o que foi atribuído às medidas não farmacológicas em vigência no período. Conclusão: O impacto das medidas não farmacológicas para o controle da COVID-19 no município foi positivo.
