O brincar é uma atividade significativa para o desenvolvimento da criança e sua apropriação da dinâmica sociocultural (Vygotsky, 1989, 1998, 2000, 2008; Kishimoto, 2005). Diante do processo de adultização das crianças, movimentos em defesa das crianças reivindicam o direito ao brincar, culminando a exemplo da recente Lei 14.826/2024, que “Institui a parentalidade positiva e o direito ao brincar como estratégias intersetoriais de prevenção à violência contra crianças”. Nessa perspectiva, propomos como objetivo compreender as significações de professoras acerca do brincar na Educação Infantil. A pesquisa é de cunho qualitativo e de campo (Minayo, 2014), realizada em 02 (dois) CMEI, em Teresina-PI, com participação de 03 (três) professoras. Utilizamos como técnica de pesquisa a entrevista, com questões abertas e observação. Os resultados apontaram que as professoras compreendem a importância do brincar na rotina escolar e a atividade lúdica como significativas para o desenvolvimento das crianças. Reiteraram, como possibilidades, o uso da brincadeira como instrumento pedagógico para o desenvolvimento da imaginação, da socialização, da cognição e dos afetos, e como dificuldades, a quantidade de crianças por sala de aula, de espaços pequenos e ‘curto’ tempo para realização das atividades lúdicas, de poucos brinquedos e/ou materiais para sua produção que impactam na falta de interesse das crianças em participar das atividades propostas.