Rancagua, Chile
Desde una aproximación interseccional, se analizaron narrativas de médicos respecto al cuestionamiento sobre las mujeres haitianas para interactuar con sus bebés, referido como falta de apego. Se entrevistó a 12 profesionales médicos. Luego del análisis temático cualitativo, emergieron las categorías “el apego en tensión” y “lo otro, lo negro y lo malo”. El discurso médico enfatiza un cuestionamiento hacia las personas que portan la negritud, sustentado en una ficción racial hacia las mujeres haitianas, ello afecta en la representación del colectivo y en la atención sanitaria recibida.
As mulheres haitianas têm sido alvo de especulações que emanam do "desapego" em relação aos filhos na área da saúde. Este artigo analisou as narrativas de profissionais de saúde da região de O'Higgins, no Chile, sobre o questionamento das mulheres haitianas sobre a forma de interagir com o recém-nascido denominada "falta de apego". Foram entrevistados 12 profissionais da rede pública de saúde. Por meio de uma análise qualitativa emergiram as categorias: “O apego em tensão” e “O outro, o negro e o mau”. Os discursos biomédicos enfatizam o questionamento das pessoas que carregam a negritude, gerando um processo de racialização das mulheres haitianas. Portanto, é fundamental promover uma compreensão heterogênea da maternidade considerando as diferentes formas de exercê-la, o que preconiza a saúde intercultural.
From an intersectional approach, the narratives of doctors were analyzed regarding the questioning of Haitian women's interactions with their babies, referred to as a lack of attachment. Twelve medical professionals were interviewed. After a qualitative thematic analysis, the categories "attachment in tension" and "the other, the black, and the bad" emerged. The medical discourse emphasizes the questioning of individuals carrying blackness, based on a racial fiction towards Haitian women, which affects both collective representation and the health care received.