Este artículo pretende analizar los matices de la precariedad laboral en Brasil, centrándose en los cambios en la legislación laboral y en la reestructuración productiva iniciados en la década de 1990. La flexibilización de los vínculos laborales ha ido en aumento desde entonces, según el Informe Anual de Información Social (RAIS, s.f.). La Reforma Laboral implementada a través de la ley 13.467/2017 profundizó el nivel de precarización laboral al regular los contratos atípicos, clasificándolos como empleos formales. Al hacerlo, generó una paradoja, expandiendo las ocupaciones casi desprovistas de derechos laborales mientras disminuía la tasa de informalidad. El nuevo patrón de empleos formales no es más que la institucionalización de la informalidad. El estancamiento económico registrado en Brasil en la segunda década del siglo XXI, combinado con la reestructuración productiva, contribuyó a la expansión de los mecanismos de explotación laboral. Con fines metodológicos, se cruzarán datos sobre la trayectoria de la informalidad en Brasil con datos sobre la expansión de las ocupaciones no tradicionales desde la reforma laboral de 2017. La investigación revela que, a pesar del aumento de los empleos formales, existe un alto grado de precariedad con tendencia a la expansión de los empleos atípicos, con menor carga para el empleador, bajo la égida de la acumulación flexible.
Este artigo se propõe a analisar as nuances da precarização do trabalhono Brasil, com foco nas alterações delegislação trabalhista e reestruturação produtivaque se inicia nos anos 1990.Aflexibilização dos vínculos trabalhistasvem crescendo, desde então, conforme registros da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS, n.d.).AReforma Trabalhista implantada através da lei 13.467/2017aprofundouo nível de precarizaçãodo trabalho, quando regulamentouascontratações atípicas, classificando-ascomoempregos formais.Ao fazê-lo, criou um paradoxo, fazendo expandir as ocupações quase despidas de direitos trabalhistas enquanto declinava a taxa deinformalidade.O novo padrão de empregos formais nada mais é que a institucionalização da informalidade.Aestagnação econômica registrada no Brasil,na segunda década do século 21, associada àreestruturação produtiva, colaborou com a expansãodos mecanismos de exploração do trabalho. Para fins metodológicos, serão cruzados os dados sobre a trajetória da informalidade no Brasil com os dados acercada expansão das ocupações não tradicionais, desde a reforma trabalhista de 2017. A pesquisa revela que, a despeito da elevação dos vínculos formais, há elevado grau de precarização com tendência de expansão dos vínculos atípicos, com menor ônus ao empregador, sob a égide da acumulação flexível.
This article aims to analyze the nuances of job insecurity in Brazil, focusing on the changes in labor legislation and productive restructuring that began in the 1990s. The flexibilization of employment relationships has been on the rise ever since, according to the Annual Social Information Report (RAIS, n.d.). The Labor Reform implemented through law 13.467/2017 deepened the level of job insecurity when it regulated atypical contracts, classifying them as formal jobs. In doing so, it created a paradox, expanding occupations almost devoid of labor rights while the informality rate declined. The new pattern of formal jobs is nothing more than the institutionalization of informality. The economic stagnation recorded in Brazil in the second decade of the 21st century, combined with productive restructuring, contributed to the expansion of mechanisms for exploiting labor. For methodological purposes, data on the trajectory of informality in Brazil will be cross-referenced with data on the expansion of non-traditional occupations since the 2017 labor reform. The research reveals that, despite the increase in formal jobs, there isa high degree of precariousness with a tendency for atypical jobs to expand, with a lower burden on the employer, under the aegis of flexible accumulation.