El presente trabajo busca responder qué aspectos de la formación cultural jurídica brasileña encontrada en Lima Barreto se han mostrado históricamente como un obstáculo para el pensamiento crítico y la práctica transformadora. El objetivo general es analizar en las principales novelas del escritor la existencia de elementos que constituyeron un imaginario colectivo en la formación jurídica. Para ello se buscó establecer una definición de formación jurídica; justificar la elección de Lima Barreto para la presente discusión; e identificar en sus escritos las críticas realizadas en torno a la educación de bachillerato. Se utilizó el método hipotético-deductivo, caracterizado como investigación exploratoria. Los resultados apuntan a un conjunto de representaciones de la imagen del jurista, generalmente retratadas como superficiales, grotescas o mediocres y caracterizadas por una nobleza doctoral elitista, basada en una cultura de las apariencias, libresca, ornamental, racista, rodeada de una burocracia apática y frente a los grupos subalternos y la oralidad callejera, elementos que aún pueden identificarse en las prácticas jurídicas contemporáneas.
The present paper seeks to answer which aspects of Brazilian legal cultural formation found in Lima Barreto have historically shown themselves to be an obstacle to critical thinking and transformative practice. This project aims to analyze in the writer's main novels the existence of elements that constituted a collective imaginary in legal education. To this end, we sought to establish a definition of legal formation; justify the choice of Lima Barreto for the present discussion; and identify in their writings the criticisms made around bachelor's education. The hypothetical-deductive method was used, characterized as exploratory research. The results point to a set of representations of the image of the jurist, generally portrayed as superficial, grotesque or mediocre and characterized by an elitist doctoral nobility, based on a culture of appearances, bookish, ornamental, racist, surrounded by an apathetic bureaucracy and opposed to groups subalterns and street orality, elements that can still be identified in contemporary legal practices.
O presente trabalho procura responder quais aspectos da formação cultural jurídica brasileira encontrados em Lima Barreto se mostram historicamente como um obstáculo a um pensar crítico e a uma prática transformadora. O objetivo geral consiste em analisar nos principais romances do escritor a existência de elementos que se constituíram como um imaginário coletivo na formação jurídica. Para tanto, buscou-se estabelecer uma definição de formação jurídica; justificar a escolha de Lima Barreto para a presente discussão; e identificar em seus escritos as críticas elaboradas em torno da formação bacharelesca. Utilizou-se o método hipotético-dedutivo, caracterizando-se como uma pesquisa exploratória. Os resultados apontam um conjunto de representações da imagem do jurista, retratados em geral como superficiais, grotescos ou medíocres e caracterizados por uma nobreza doutoral elitista, baseada numa cultura de aparências, livresca, ornamental, racista, envolta em uma burocracia apática e oposta aos grupos subalternos e à oralidade das ruas, elementos estes possíveis de serem identificados ainda nas práticas jurídicas contemporâneas.